A partir de 1º de setembro deste ano quem quiser enviar encomenda pelos Correios deverá colocar seus dados de CPF, CNPJ ou passaporte (no caso de estrangeiros). Caso a informação não esteja presente, o objeto não será postado.
O objetivo da medida é dar mais segurança por meio da rastreabilidade do CPF. A exigência valerá para todas as postagens, à vista ou a faturar. Quem quiser agilizar o processo basta preencher todos os dados por meio dos sistemas de pré-postagem.
Nas postagens de encomendas destinadas aos lockers dos Correios e Clique e Retire, além das informações do remetente devem constar as seguintes informações do destinatário: CPF, CNPJ ou passaporte (no caso de estrangeiros) e do telefone celular ou e-mail.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, nesta quarta-feira (13), autorizar a aplicação emergencial da vacina CoronaVac em crianças de 3 a 5 anos de idade. O imunizante contra a covid-19 é produzido pelo Instituto Butantan.
Durante reunião da diretoria colegiada, em Brasília, por unanimidade, a agência seguiu recomendação das áreas técnicas e autorizou a imunização com duas doses da vacina, no intervalo de 28 dias. A aprovação vale somente para crianças que não são imunocomprometidas.
Não há prazo para o início da utilização do imunizante no plano nacional de vacinação. A decisão caberá ao Ministério da Saúde.
Para a diretora Meiruze Souza Freitas, da Anvisa, relatora do pedido, a CoronaVac está aprovada em 56 países pela Organização Mundial da Saúde (OMS), teve cerca de um bilhão de doses aplicadas e tem contribuído para reduzir mortes e hospitalizações.
“Vacinar crianças de 3 a 5 anos contra a covid-19 pode ajudar a evitar que elas fiquem gravemente doentes se contraírem o novo coronavírus”, explicou.
A faixa etária entre 5 e 11 anos começou a ser vacinada em janeiro. Nesse caso, são aplicados os imunizantes da Pfizer (versão pediátrica) e a CoronaVac.
Estudos
A decisão foi baseada em diversos estudos nacionais e internacionais sobre a eficácia da vacina em crianças.
As pesquisas foram realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Butantan, além de entidades internacionais. Também foram levados em conta pareceres de sociedades médicas e das áreas de farmacovigilância e de avaliação de produtos biológicos da Anvisa.
Um dos estudos clínicos, feito no Chile, mostrou efetividade de 55% da CoronaVac contra a hospitalização de crianças que testam positivo para a covid-19. Além disso, as crianças que participaram dos estudos clínicos apresentaram maior número de anticorpos e menos reações à vacina em relação aos adultos.
No Brasil, outros dados revelaram que as reações graves após a imunização foram consideradas raras e raríssimas. A conclusão foi obtida após análise de 103 milhões de doses aplicadas no país.
Nos últimos dias, um dos assuntos mais falados no Brasil é a endometriose. Após uma declaração da cantora Anitta, que revelou sofrer com os efeitos da patologia há nove anos, o tema começou a circular de forma mais recorrente e ganhou força.
Além de Anitta, famosas como Patricia Poeta, Larissa Manoela, Tata Werneck, Isabella Santoni, Emma Roberts, Wanessa Camargo, Malu Mader, Adriana Esteves e Giovanna Ewbank também relataram nos últimos meses que sofrem com o problema.
“A endometriose é a principal culpada pela dor pélvica feminina. Os seis principais sintomas são cólica menstrual severa ou que não melhora com remédios, dor durante a relação sexual, dor ao evacuar ou diarreia durante a menstruação, dor para urinar no período menstrual, dores entre as menstruações e, finalmente, infertilidade”, explica Genevieve Coelho, Diretora Médica do IVI Salvador.
A endometriose é uma doença que atinge cerca de 6 milhões de brasileiras. E, infelizmente, a maioria só descobre a patologia quando tenta engravidar e não consegue. A doença não tem cura, mas tem tratamento, que pode devolver a qualidade de vida para as mulheres afetadas. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia, de 10 a 15% das mulheres em idade fértil apresentam a doença.
Dessas, cerca de 10% não apresentam sintomas. Por isso, os diagnósticos normalmente são tardios. Desconfia-se que o estilo de vida da mulher moderna, repleto de momentos estressantes, falta de atividade física, má alimentação e rotina cheia de agitação, contribui para o desenvolvimento da endometriose. Aliado a isso, vêm os altos níveis de poluentes no ar e a adição de agrotóxicos nos alimentos.
O diagnóstico da endometriose ocorre quando existe a presença de endométrio em outros órgãos, fora do útero. O endométrio é o tecido que reveste o útero da mulher. Todos os meses, quando não há gestação, esse tecido é descamado e eliminado através do sangue da menstruação. O que acontece, é que esse tecido às vezes migra para estruturas como ovários, ligamentos pélvicos, intestinos, bexiga, apêndice e vagina.
Em alguns casos mais raros, ele pode ser encontrado em órgãos distantes, como pulmão, pleura e até no sistema nervoso central. Por conta disso, as mulheres com endometriose sentem dor. O tecido do endométrio, mesmo fora útero, continua sendo estimulado mensalmente pela ação dos hormônios do ciclo menstrual. E isso provoca uma reação inflamatória.
Geralmente, o tratamento da endometriose é feito à base de medicamentos e adoção de hábitos saudáveis, alimentação equilibrada, atividade física e consultas regulares ao ginecologista, com a finalidade de prevenir e reduzir os fatores de risco da doença.
Por que a endometriose causa infertilidade?
A endometriose afeta o aparelho reprodutor de diversas maneiras. A infertilidade pode estar associada à doença, mas não ocorre devido a um único fator. O funcionamento das trompas e a maturação e desenvolvimentos dos óvulos ficam prejudicados. Além disso, pode ocorrer alteração na receptividade do endométrio à implantação do embrião. O tratamento vai variar de acordo com a intensidade e a intenção de engravidar. Caso o objetivo seja apenas melhorar a dor, o tratamento pode ser feito por meio de remédios ou cirurgia. Para casais que desejam engravidar, a abordagem é diferente.
Alguns medicamentos não são indicados, pois inibem a ovulação. A cirurgia, por sua vez, pode ser mais indicada pois evidências apontam que leva a uma melhora na fertilidade. Também podem ser utilizados os tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV). Esse método tem excelente indicação, boas taxas de sucesso e ajuda a conseguir a gravidez. Mas como cada caso tem um desenvolvimento diferente, a melhor opção é procurar um especialista em reprodução assistida.
A patente do Fermentador de Cacau com Hélice Rotativo Autônomo (secador de amêndoas alternativo), criado pelo professor Jorge Henrique de Oliveira Sales, da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), foi divulgada pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi).
O equipamento inovador revoluciona o modo como produtores secam as amêndoas do cacau, acrescentando agilidade, eficiência e economia ao processo de produção e colheita do fruto.
O secador de amêndoas alternativo, movido a energia solar, é uma alternativa mais barata para os agricultores. “O principal benefício é o seu fácil acesso para o pequeno agricultor. Assim, ele terá acesso a uma tecnologia de baixo custo que pode aumentar a qualidade do seu produto e aumentar o ganho”, explicou o pesquisador Jorge Sales.
O processo de beneficiamento do cacau é subdividido em cinco etapas: a colheita, a quebra, a fermentação, a secagem e o armazenamento. Essas etapas podem ser responsáveis por até 50% das características organolépticas (principalmente sobre o sabor e o aroma) dos produtos derivados do cacau. O equipamento controla a temperatura e umidade na fermentação, tornando as amêndoas mais uniformes por todo recipiente, usando um controle autônomo dessa temperatura e umidade.
Foto: Divulgação
O secador é composto de um cilindro dotado de um eixo com hélices giratórias e sensores para medir temperatura e umidade. Cada medição é registrada num programa computacional, que aciona uma rotação no eixo, contendo hélices, para misturar a massa de amêndoas, e assim garantir uma distribuição da temperatura e da umidade mais uniforme dentro do cocho cilíndrico, proporcionando uma melhor distribuição da fermentação.
“Esse equipamento poderá, em futuro próximo, ser adquirido por associações de agricultores familiares, ou mesmo por produtores individuais que buscam melhor qualidade sua produção”, finaliza o professor Sales.
Praticar um exercício físico é importante em qualquer época do ano, afinal de contas, quanto mais constância, melhor. Porém, o friozinho do inverno pode tornar a missão um pouco mais difícil. É muito comum que o frio nos deixe mais preguiçosos, mas isso não quer dizer que devemos parar toda e qualquer atividade física nos dias de temperaturas mais baixas. Pelo contrário… nessa época do ano, o metabolismo tende a ficar mais acelerado e com um maior gasto de energia para produção de calor, o que pode proporcionar sensação de bem-estar.
Os benefícios podem causar efeitos tanto no corpo quanto na mente. “O fortalecimento dos músculos, por exemplo, é um dos resultados mais comuns notados por quem se exercita. Consequentemente, a diminuição de doenças cardíacas também pode ser um dos benefícios, já que além do fortalecimento do músculo cardíaco, o exercício também ajuda a melhorar a circulação sanguínea. Outras doenças que também podem ser controladas são a diabetes e a pressão alta”, explica Leandro Dias, coordenador geral da rede Alpha Fitness.
Os benefícios ligados à saúde mental também são variados, em especial por causa das substâncias que o corpo produz durante a prática. A endorfina, por exemplo, tem efeito analgésico e traz os sentimentos de felicidade e bom humor para quem a libera. Algo parecido acontece com a serotonina, que está ligada à regulação de humor e sono. Segundo o coordenador, o mais importante é buscar alguém ou um espaço qualificado para auxiliar quem é iniciante. “É importante que você tenha a orientação de um profissional que lhe prescreva a intensidade adequada de um exercício, muito semelhante ao que acontece com um médico ou um nutricionista”, exemplifica.
A prática – mesmo no inverno – precisa virar um hábito para que resultados reais sejam notados e se expandam por todo o ano. O especialista aponta três características necessárias para introduzir as atividades físicas na rotina: entender a atividade, gostar dela e realizar. “É sempre importante entender que somos seres inteiros. Somos corpo, alma, mente, sempre conectados. Então todo e qualquer exercício físico é para o corpo todo”, finaliza Leandro.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu, nesta quarta-feira (6), manter a proibição de importação, propaganda e venda de cigarros eletrônicos no Brasil. A restrição começou em 2009, mas a comercialização continua ocorrendo de forma ilegal no país.
A decisão foi tomada durante a 10ª reunião da diretoria colegiada do órgão. Por unanimidade, a diretoria seguiu voto proferido pela diretora Cristiane Rose Jourdan.
Segundo a diretora, estudos científicos demonstram que o uso dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) está relacionado com aumento do risco de jovens ao tabagismo, potencial de dependência e diversos danos à saúde pulmonar, cardiovascular e neurológica.
Os cigarros eletrônicos são aparelhos alimentados por bateria de lítio e um cartucho ou refil, que armazena o líquido. Esse aparelho tem um atomizador, que aquece e vaporiza a nicotina. O aparelho traz ainda um sensor, que é acionado no momento da tragada e ativa a bateria e a luz de led.
A temperatura de vaporização da resistência é de 350°C. Nos cigarros convencionais, essa temperatura chega a 850°C. Ao serem aquecidos, os DEFs liberam um vapor líquido parecido com o cigarro convencional.
Os cigarros eletrônicos estão na quarta geração, onde é encontrada concentração maior de substâncias tóxicas. Existem ainda os cigarros de tabaco aquecido. São dispositivos eletrônicos para aquecer um bastão ou uma cápsula de tabaco comprimido a uma temperatura de 330°C. Dessa forma, produzem um aerossol inalável.
Em meio a uma área de difícil acesso na zona rural de Santo Antônio de Jesus, uma casa simples guarda um símbolo de uma tradição secular do sincretismo religioso no país. Aos 111 anos, Maria do Espírito Santo ou Dona Quinha, como é conhecida, segue em atividade, rezando e benzendo aqueles que a procuram para se curarem através da fé.
Natural da região, Dona Quinha nunca teve acesso aos estudos e sempre trabalhou na roça, plantando e cuidando dos animais com os pais. Começou a fazer as rezas ainda menina, por volta dos 8 anos de idade, tendo como principal referência a mãe, Apolinária, que também benzia moradores das redondezas. Com o passar dos anos, os dons de Dona Quinha começaram a ganhar fama em Santo Antônio de Jesus, atraindo gente de cidades vizinhas.
Apesar da idade e de todas as dificuldades inevitáveis com o passar do tempo, a rezadeira continua comprometida com sua fé e vocação, atendendo a quem a procura em casa, de terça-feira a domingo. Às segundas-feiras, ela descansa. Nada mais justo para que as energias possam ser recuperadas depois de tanto trabalho.
Dona Quinha também não costuma atender se chega muita gente junta. Prefere rezar com seu ramo em paz e sem muita interferência. Quem deseja receber as preces do jeito correto deve ter disponibilidade para voltar à casa de Quinha pelo menos três vezes em dias diferentes, como explica seu sobrinho de consideração, Manuel de Jesus, 33 anos.
A rezadeira não teve filhos e mora com o sobrinho, além de Valdelino de Jesus, que é pai de Manuel, e a esposa. São eles que ajudam Dona Quinha no dia a dia, especialmente por conta da dificuldade de locomoção que enfrenta. “Ela não anda mais sozinha, então minha mãe tem que pegá-la pelo braço. Na hora da reza, ela fica sentadinha”, conta Manuel. Mesmo sem parentes de sangue, Quinha possui 32 afilhados.
Os três presenciam as preces que Dona Quinha faz diariamente com seu ramo de folhas e contam que, quando a energia da pessoa que vai em busca da cura está muito pesada, todos da casa sentem. “Quando ela reza gente muito carregada, ela fica meio banzeira e sem querer comer. A gente também sente quando ela diz ‘aquele ali está muito pesado’”, conta Valdelino. São nessas ocasiões que as folhas murcham durante a reza.
Há três décadas, quando Dona Quinha já tinha seus 80 anos, ainda estava na ativa e trabalhava na roça. Foi quando Valdelino fez o pedido para que a mãe de consideração parasse os trabalhos e ficasse com as orações. “Chegou o tempo que eu disse a ela ‘Tia, não vai trabalhar mais não’. Porque eu saía cedo e ela saía para ganhar o dia também. Aí eu falei para ela que, com o que eu ganho, dá para a gente viver, só assim ela parou”, relata.
Para quem não conhece a senhora, pode parecer loucura a disposição que ela possuía já com oito décadas de vida e que até hoje sustenta quando faz as rezas. Mas, para os mais próximos, a saúde de ferro de Dona Quinha tem motivação clara: um presente divino.
“Foi o dom que Deus deu para que ela pudesse ajudar todos nós. Porque aqui, os vizinhos da gente com 80 anos já foram embora e ela continua forte”, diz Valdelino.
Registros O dom de Dona Quinha de curar as pessoas pela fé deixou de ser conhecido somente na região e viralizou nas redes sociais quando o fotógrafo baiano Thiago Rosarii, 27, publicou imagens da rezadeira no Instagram. Thiago, que é natural de Sapeaçu, cidade próxima onde vive Dona Quinha, já vinha fazendo registros e contando histórias de pessoas negras.
Ele soube da história de Quinha através de Luciana Rocha, mais conhecida como Dona Fia, 54, que é proprietária da fazenda Canto dos Pássaros, vizinha à zona rural onde a rezadeira vive. “Ela [Luciana] percebeu a oportunidade de me chamar e apresentar essa senhora para que eu fizesse as fotos e mostrasse ao público”, conta o fotógrafo.
Foi então que, em abril deste ano, Thiago foi até a casa de Dona Quinha. Chegando lá, a conexão foi imediata. Por também ter nascido e crescido em uma zona rural, o fotógrafo conta que se identificou com a história de vida da rezadeira e de sua família.
“O fato de eu ter crescido no mesmo ambiente de terra de Dona Quinha, percebi que a realidade dela é muito parecida com o que eu vivi a maior parte da minha vida. Automaticamente eu identifiquei, em Dona Quinha, a minha vó. Uma pessoa que passou por uma série de dificuldades na juventude e que conseguiu chegar hoje com saúde”, conta.
A simplicidade da moradia de Dona Quinha e vitalidade mesmo com a idade avançada chamaram a atenção não só do fotógrafo, mas também de seus seguidores nas redes sociais.
“Muitas pessoas hoje têm acesso a coisas de maior qualidade e não conseguem chegar à longevidade que ela chegou. Então, para mim, ela é a maior representação de que a simplicidade é o melhor caminho para se viver”, afirma.
Dona Fia, dona da fazenda vizinha, também se surpreende com o jeito que Dona Quinha leva a vida aos 111 anos. “A casa dela é muito humilde, ela usa fogão a lenha e o telhado é tão baixinho que a gente precisa abaixar. Mas, mesmo com a simplicidade, ela é muito alegre e feliz”, conta
Em novembro do ano passado, a rezadeira foi homenageada pela Câmara Municipal de Santo Antônio de Jesus com a Medalha do poeta simbolista Pedro Kilkerry. O símbolo destaca pessoas que desempenham papel relevante no fomento da cultura da cidade.
O Boletim Infogripe, divulgado hoje (4) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta a retomada do crescimento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) no país, sendo a maior parte deles, 77,6%, positivos para Sars-CoV-2, vírus causador da covid-19. O boletim desta semana mostra que a possível interrupção do crescimento sinalizada na última edição não se manteve
A análise é referente ao período de 19 a 25 de junho. Nesse período houve crescimento tanto na tendência de longo prazo, considerados os casos das últimas seis semanas, quanto na tendência de curto prazo, consideradas as últimas três semanas.
Segundo o Infogripe, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,4% para influenza A, 0,1% para influenza B, 7,6% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 77,6% para Sars-CoV-2 (covid-19). Entre as mortes registradas no período, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1% para influenza A, 0,1% para influenza B, 1,4% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 94,5% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
Entre os bebês e crianças de 0 a 4 anos de idade, o boletim mostra que os casos de covid-19 se aproximam dos de VSR. Esses dois vírus corresponderam a 36% e 39%, respectivamente.
Os dados mostram que 16 das 27 unidades federativas apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Nos estados das regiões Sudeste e Sul há indícios de possível interrupção na tendência de crescimento nas últimas semanas, que devem ser reavaliados nas próximas atualizações para confirmação.
Apesar do crescimento dos casos de SRAG no país, o boletim mostra que entre a população adulta observa-se sinal de desaceleração, especialmente nas faixas etárias a partir de 50 anos. Nas crianças e adolescentes observa-se manutenção sinal de queda entre os grupos de 0 a 4 e 5 a 11 anos.
Em 2022, de acordo com o boletim, foram notificados 175.110 casos de SRAG, sendo 86.005 (49,1%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 65.440 (37,4%) negativos, e ao menos 14.317 (8,2%) aguardando resultado laboratorial.
Este ano, referente aos casos de SRAG, foram registradas 28.812 mortes, sendo 21.957 (76,2%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.442 (18,9%) negativos, e ao menos 597 (2,1%) aguardando resultado laboratorial.
A covid-19 matou duas crianças menores de 5 anos de idade, por dia, no Brasil, desde o início da pandemia. No total, 599 crianças nessa faixa etária morreram pela covid-19 em 2020. Esse número elevou-se para 840, em 2021, quando a letalidade da doença aumentou em toda a população. Nos dois primeiros ano do surto sanitário, 1.439 crianças de até 5 anos morreram por causa da covid-19 no país. A Região Nordeste concentra quase metade desses óbitos.
Dados preliminares divulgados pelo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde confirmam que a média de duas mortes diárias se mantém este ano. Entre janeiro e 13 de junho de 2022, o Brasil registrou 291 mortes por covid-19 entre crianças menores de 5 anos.
Os dados de 2020 e 2021, coletados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e revistos pelo Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais de Saúde, foram analisados pelos coordenadores do Observatório de Saúde na Infância – Observa Infância, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Cristiano Boccolini e Patricia Boccolini.
O observatório quer ampliar o acesso à informação qualificada e facilitar a compreensão sobre dados obtidos junto a sistemas de informação nacionais.
Vulnerabilidade
A análise dos dois primeiros anos da pandemia no Brasil aponta que crianças de 29 dias a 1 ano de vida são as mais vulneráveis. “Bebês nessa faixa etária respondem por quase metade dos óbitos registrados entre crianças menores de 5 anos”, disse Patricia.
A pesquisadora destacou que é preciso acelerar os processos que levem à vacinação desse público. “É preciso celeridade para levar a proteção das vacinas a bebês e crianças, especialmente de 6 meses a 3 anos. A cada dia que passamos sem vacina contra covid-19 para menores de 5 anos, o Brasil perde duas crianças”, afirmou.
Segundo Cristiano Boccolini, os dados se referem a óbitos infantis em que a covid-19 foi registrada como causa básica e àqueles em que a doença é uma das causas da morte, ou seja, a infecção agravou alguma condição de risco preexistente ou esteve associada à causa principal de óbito.
“Na análise do Observa Infância, consideramos também as mortes em que a covid-19 agravou um quadro preexistente. Quer dizer que, embora nem todas essas crianças tenham morrido de covid-19, todas morreram com covid-19”, explicou o pesquisador.
Mundo
Os pesquisadores observaram que nem todos os países registram os óbitos por covid-19 com informações por faixa etária. Até junho de 2022, dados coletados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em 91 países revelam que a covid-19 foi a causa básica de óbito de 5.376 crianças menores de 5 anos no mundo.
O Brasil responde por cerca de 1 em cada 5 dessas mortes, segundo o Observa Infância.
As evidências científicas trabalhadas são resultado de investigações desenvolvidas pelos pesquisadores no âmbito do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fiocruz e da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase).
As pesquisas são efetuadas com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação Bill e Melinda Gates.
Foi aberto nesta terça-feira (28) e vai até sexta-feira (1º) o período de inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2022.2. A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) oferece 1.061 vagas distribuídas em 28 cursos de graduação nos campi de Amargosa, Cachoeira/São Félix, Cruz das Almas, Feira de Santana e Santo Antônio de Jesus.
O resultado da chamada regular sairá no dia 6 de julho. Os únicos critérios para a realização da inscrição são ter feito as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2021, ter concluído o ensino médio e não ter zerado a prova de redação.
Para se inscrever no Sisu, o candidato deve acessar a página do Sistema e informar o número de inscrição e a senha utilizada no Enem 2021. Logo após, o interessado precisa confirmar os dados e, em seguida, escolher dois cursos e a modalidade de ingresso. É possível alterar a escolha dos cursos durante o período de inscrição, de acordo com as preferências e as chances de conseguir a vaga, a partir das parciais de notas de corte.