Pesquisadores da Fiocruz analisam coinfecção por HIV e HTLV na Bahia

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz na Bahia (Fiocruz Bahia) apontam que indivíduos soropositivos para o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) no estado podem apresentar risco aumentado para coinfecção pelo Vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV). Os dados, no entanto, sugerem que a coinfecção pelos dois antígenos é um evento raro, ainda que a Bahia seja o estado em que há o maior número de casos de HTLV. 

O trabalho foi divulgado hoje (7)  pela Fiocruz e descreveu a coinfecção pelos vírus HIV e HTLV em todas as 130 mil amostras submetidas a testes sorológicos entre 2004 e 2013, no Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA). Os resultados indicam que 2,4% das amostras positivas para HIV tinham também o HTLV, percentual cerca de cinco vezes maior que o encontrado nas amostras negativas para HIV e positivas para HTLV, de 0,5%.

A Fiocruz explica que o HTLV e o HIV são retrovírus que pertencem à mesma família e não têm cura. As principais formas de transmissão dos dois são relações sexuais sem prevenção, aleitamento materno e agulhas de seringas contaminadas. 

Diferentemente do HIV, a ação do HTLV no organismo não destrói o sistema imunológico, mas pode causar doenças como leucemia, incontinência urinária, disfunção erétil e problemas neurológicos.

Os pesquisadores ressaltam que estudos anteriores apontam que a coinfecção com HTLV pode interferir na evolução da infecção pelo HIV. A Fiocruz diz que, por um lado, o HTLV-1 pode favorecer o aparecimento de doenças oportunistas, aumentando a mortalidade dos pacientes com HIV. Já a coinfecção com o outro tipo do vírus, o HTLV-2, pode retardar a progressão da Aids.

O trabalho foi publicado no periódico científico Frontiers in Medicine e coordenado pela pesquisadora Maria Fernanda Grassi, da Fiocruz Bahia. O artigo destaca que é importante identificar fatores de risco para a coinfecção para que sejam elaboradas ações eficazes de cada região afetada no estado.

A coinfecção foi encontrada com mais frequência em centros econômicos ou turísticos, sendo a capital, Salvador, local de 57% dos casos. A pesquisa também mostra que foi mais comum a presença dos dois vírus em mulheres, o que poderia estar associado à obrigatoriedade da triagem sorológica de HTLV para gestantes no estado, em vigor desde 2011.

PM resgata 600 caranguejos pescados em período ilegal, em Cairu

Foto: Divulgação/PM

Equipes da 33ª Companhia Independente da Polícia Militar de Valença, na Costa do Dendê, devolveram 600 caranguejos para o habitat natural, no domingo (6), no povoado de Garapuá, pertencente ao município de Cairu. 

De acordo com o comandante da unidade, major Bruno Czekus Soares, os animais foram capturados em período de defeso da espécie, fase em que ocorre a reprodução.

“Chegou uma denúncia de que algumas pessoas tinham realizado a pesca no período proibido. Quando chegamos no local indicado, os suspeitos fugiram, mas deixaram os animais”, explicou o oficial.

O resgate dos caranguejos foi realizado por policiais da unidade que faziam o policiamento ostensivo durante a Operação Verão.

Conta de energia pode ser paga com PIX, através do WhatsApp

A Coelba informou nesta segunda-feira (7) que passou a oferecer a opção de pagamento com o PIX para os consumidores que solicitarem a segunda via das faturas de energia elétrica no WhatsApp.

Com a atualização, o bot envia o código no formato “copia e cola” diretamente pelo aplicativo de mensagens, de maneira automatizada.

O serviço já era oferecido aos clientes que aderiram à fatura digital, o que pode ser feito por meio do site da distribuidora (www.neoenergiacoelba.com.br) ou pelo WhatsApp (71 3370-6350) para receber a conta por e-mail, SMS ou pelo próprio aplicativo de mensagens.

Além da segunda via das faturas, o código PIX pelo WhatsApp será disponibilizado para os serviços de consulta e negociação de débitos e de religação.

Ministro da Saúde alerta que país não atingiu pico da variante Ômicron

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o Brasil ainda não chegou ao pico da nova onda da covid-19 causada pela variante Ômicron. No Brasil há cerca de dois meses, a nova cepa registrou, no fim de janeiro, 300 mil casos diários de infecções do coronavírus.

“Analisando a última semana epidemiológica do país, tivemos aumento de casos causado pela covid-19 e ainda não chegamos no pico da onda causada pela Ômicron. O enfrentamento contra a doença continua”, avaliou Queiroga, pelo Twitter.

Ainda segundo o ministro da Saúde, a pasta monitora a pressão sobre o sistema de saúde e a ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI). “Há espaço para abertura de novos leitos e estamos apoiando os Estados sempre que necessário. A atenção primária também tem sido reforçada”, ressaltou.

Na mesma postagem, Marcelo Queiroga enfatizou a importância da vacinação para que os casos tenham sintomas mais leves. “Se você ainda não tomou a segunda dose e a dose de reforço, não esqueça de completar seu esquema vacinal”, alertou.

Fiocruz confirma casos da linhagem BA.2 da variante Ômicron

A Fiocruz identificou, a partir da técnica de sequenciamento genético, dois casos da linhagem BA.2 da variante Ômicron, nos estados do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, conforme divulgado pelas secretarias estaduais de Saúde. A informação foi divulgada neste sábado (5) pela Fiocruz.

A confirmação foi realizada pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como Centro de Referência Nacional em vírus respiratórios junto ao Ministério da Saúde e que vem atuando no mapeamento de genomas do vírus desde o início da pandemia. O laboratório integra a Rede Genômica Fiocruz.

O diagnóstico inicial foi feito pelos laboratórios dos estados por meio do exame RT-qPCR. As amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC/Fiocruz para a realização do sequenciamento genômico, o que confirmou a presença da subvariante BA.2.

Os resultados finais foram informados às secretarias de Saúde dos dois estados e ao Ministério da Saúde, de acordo com os protocolos de referência. Segundo a Fiocruz, a nova linhagem é mais contagiosa, mas ainda é desconhecido se ela é mais perigosa.

Covid-19: Ômicron responde por 96% de amostras analisadas, diz Fiocruz

A variante Ômicron está presente em todas as regiões do país e respondia, no fim de janeiro, por 95,9% das amostras do coronavírus SARS-CoV-2 que passaram por análise genética da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados foram divulgados hoje (4) pela Rede Genômica Fiocruz que avaliou 3.739 sequenciamentos feitos entre 14 e 27 de janeiro.

A dominância da nova variante sobre as demais cepas em todo o país ocorreu ao longo do mês de janeiro, já que em dezembro a Ômicron foi detectada em 39,4% dos genomas sequenciados.  

A Fiocruz informa que os primeiros genomas da Ômicron no Brasil são de amostras do fim de novembro. A partir daí, a variante se expandiu rapidamente até superar a variante Delta ainda em dezembro nas regiões Sudeste, Nordeste e Sul. 

O sequenciamento genético é feito por amostragem a partir de material coletado de testes RT-PCR positivos para SARS-CoV-2. Atuam nesse trabalho o Laboratório de Viroses Respiratórias e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e unidades da Fundação em seis estados, em parceria com Laboratórios Estaduais de Saúde Pública (LACENs) e com a Coordenação-Geral de Laboratórios do Ministério da Saúde. 

Anvisa alerta que 50 Ervas Emagrecedor está proibido no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou nesta sexta-feira (4) um alerta sobre os produtos com a marca 50 Ervas Emagrecedor. De acordo com a agência, o 50 Ervas Emagrecedor está proibido no país desde 2020 por não estar regularizado como medicamento. O comércio de produtos com propriedades terapêuticas não autorizados pela Anvisa é atividade clandestina.

Uma mulher de 42 anos morreu na madrugada de quinta-feira (3), em São Paulo, após ingerir um composto com 50 ervas que promete perda de peso. A mulher, que não tinha problemas prévios de saúde, sofreu uma lesão irreversível no fígado e precisou de um transplante de urgência. Mesmo após passar por cirurgia e receber um novo fígado, o corpo da paciente rejeitou o órgão transplantado e ela faleceu.

Segundo a Anvisa, alguns dos ingredientes do suposto emagrecedor têm autorização para uso somente em medicamentos, como fitoterápicos, e não em suplementos alimentares e também não pode ser classificado como alimento. Entre estes componentes estão o chapéu de couro, cavalinha, douradinha, salsa parrilha, carobinha, sene, dente de leão, pau ferro e centelha asiática.

Em seu alerta, a Anvisa explica que “qualquer produto com propriedades terapêuticas, por exemplo, com a promessa de emagrecimento, só pode ser comercializado no Brasil com autorização da Anvisa”. Além disso, o comércio desse tipo de produto só pode acontecer em farmácias ou drogarias, já que substâncias com propriedades terapêuticas são consideradas medicamentos.

A agência disponibiliza informações sobre produtos proibidos e registrados como medicamentos. Para saber se um produto é proibido pela Anvisa, acesse este link. Para saber se um produto é registrado como medicamento, acesse este link.

Indústria baiana gerou 43 mil empregos de janeiro a novembro de 2021

De janeiro a novembro de 2021, a indústria baiana gerou 43.375 mil empregos. Somente em novembro, o saldo também foi favorável com mais de 4 mil novos postos de trabalho criados, sendo puxados pelos setores de Manutenção e Instalação de Máquinas e Equipamentos, Couro e Calçados e Fabricação de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos. Os dados constam no Informe Executivo de Indústria de janeiro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Nos últimos 12 meses, 36.767 mil empregos foram criados.

“Além de apresentar o saldo positivo na geração de novas vagas de trabalho, ressaltamos que as exportações dos produtos industriais baianos subiram 23,85%, de janeiro a dezembro de 2021, em comparação com o mesmo período do ano anterior”, destaca o secretário da SDE, Nelson Leal.

Os três principais setores que apresentaram saldo positivo de empregos na indústria, em novembro de 2021, são: Manutenção e Instalação de Máquinas e Equipamentos, com a criação de 321 postos de trabalhos; Couro e Calçados, com 314; e Fabricação de Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos, com 295 novas vagas de trabalho.

Minerais não-metálicos

O informe de Indústria da SDE também apresenta o segmento destaque em novembro de 2021, que foi o de Minerais Não-Metálicos, com a segunda maior taxa de crescimento (7,3%) entre os setores pesquisados, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

O segmento de Minerais Não-Metálicos está disperso em 15 Territórios de Identidade. A maior quantidade de empregos está concentrada nos territórios do Semiárido Nordeste II, do Metropolitano de Salvador e do Piemonte do Paraguaçu. O Estado vem incentivando o setor, atraindo e apoiando importantes empresas âncoras, como, por exemplo, Cimento Bravo, PCX Baiana Mineração, Vitro do Brasil, Knauf do Brasil, Placo do Brasil, Cerâmica Rocha, Intercement Brasil, entre outras.

Até dezembro de 2021, 81 empresas foram incentivadas pelo Governo do Estado, por meio da SDE: R$ 2,7 bilhões de investimentos, que teve como resultado a criação de 7.333 mil empregos.

Bahia bate recorde de casos ativos e de novos registros de covid-19

Com o registro de 35.349 casos ativos de covid-19, nesta quinta-feira (3), a Bahia atingiu até então o maior número deste indicador em toda a pandemia. Anteriormente o maior registro havia sido feito em 29 de janeiro de 2022, com 31.884 ativos.

Outro recorde alcançado hoje foi o incremento de novos casos em 24 horas, no total 15.536 (taxa de crescimento de +1,13%). Antes, o mais elevado registro havia sido feito em 27 de junho de 2020, com o total de 8.822.

O boletim registra ainda 9.631 recuperados (+0,73%) e 51 óbitos nas últimas 24 horas. Dos 1.389.564 casos confirmados desde o início da pandemia, 1.326.138 já são considerados recuperados e 28.077 tiveram óbito confirmado.

Da caatinga baiana para os supermercados; umbu ganha espaço em grandes lojas

Foto: Divulgação

Da caatinga baiana para todo o Brasil, o umbu in natura, cultivado por agricultores familiares da Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), localizada no município de Uauá, do Território Sertão do São Francisco, chegou à rede de supermercados Carrefour.

A primeira remessa de 2.300 quilos da fruta foi entregue, em janeiro, no centro de distribuição de Recife para atender nove estados da região Nordeste, onde o Carrefour possui lojas. Neste mês de fevereiro, a cooperativa se prepara para fazer uma nova entrega de três mil quilos.

De acordo com a presidente da Coopercuc, Denise Cardoso, a safra do umbu começou no início de janeiro e segue até meado de março. “A previsão de colheita para este ano é de 50 toneladas, 10 toneladas a mais que no ano passado. Com a venda do nosso produto para a rede de supermercados, a cooperativa terá um aumento de 14% na receita”.

A Coopercuc, que comercializa sua produção com a marca Gravetero para diversos municípios da Bahia, para outros estados do Brasil e até para a Alemanha, teve, em 2021, faturamento de R$1,5 milhão. Entre os produtos estão doces, geleias, compotas e cervejas.

scroll to top