Os municípios de Iaçu, Itatim, Santa Teresinha e Castro Alves, localizados no Piemonte do Paraguaçu e Recôncavo, são testemunhas de um fluxo logístico crucial para a indústria nacional: a passagem dos trens de carga da VLI. Esses gigantes metálicos não apenas cortam a paisagem local, mas também fazem parte de uma rota vital, o Corredor Minas-Bahia, que liga o estado da Bahia a Minas Gerais.
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Diante do vai e vem dos trens, muita gente se pergunta: de onde vêm, para onde vão e o que eles transportam? Para responder a estas e outras perguntas, o i75 entrou em contato com a VLI, empresa responsável pelo transporte ferroviário da região.
O Corredor Minas-Bahia é uma impressionante malha ferroviária de aproximadamente 1.800 km. Esse trajeto tem seu ponto inicial em Campo Formoso, no interior da Bahia, e se estende até a cidade de Corinto, em Minas Gerais.

O trecho que especificamente atravessa o Piemonte do Paraguaçu e Recôncavo conecta a cidade mineira de Corinto ao Porto de Aratu, localizado no município de Candeias, um ponto estratégico para o escoamento de mercadorias. A VLI atua na região há cerca de 15 anos e sua concessão é dedicada exclusivamente ao transporte de cargas, sem planos atuais para transporte de passageiros ou turismo.
O que os trens transportam?
A principal carga desses trens é composta por minérios, insumos fundamentais para a indústria. De acordo com a VLI, os principais produtos transportados são o minério de cromo e o minério sínter.
A empresa detalha os três fluxos de transporte mais importantes na região:
Minério de Cromo: O trajeto se inicia em Campo Formoso (BA) e tem como destino final a cidade de Pojuca (BA).
Minério Sínter (1): Este minério parte de Brumado (BA) e segue em direção ao Porto de Aratu (BA).
Minério Sínter (2): O segundo fluxo de minério sínter também começa em Brumado (BA), mas tem como destino a cidade de Contagem (MG).
Esses insumos são vitais para as indústrias metalúrgica e de refratários, garantindo o funcionamento de cadeias produtivas importantes para o país.

Frequência e impacto na região
Os trens de carga da VLI circulam por cerca de 80 municípios baianos, com uma média de seis composições por semana. A programação de horários não é fixa, pois depende diretamente da demanda dos clientes. Essa flexibilidade logística garante que o transporte seja otimizado de acordo com as necessidades da indústria.
A presença desses trens destaca a relevância do transporte ferroviário como uma alternativa eficiente e de grande capacidade para o escoamento de matérias-primas, mantendo também o viés histórico do transporte ferroviário no interior da Bahia.

