Drex é a nova moeda digital do Brasil

Nesta segunda-feira (7), um novo avanço em direção à implementação da versão virtual do real foi alcançado. O Banco Central (BC) divulgou que a moeda digital brasileira receberá o nome de Drex.

Com a fase de testes da plataforma em curso desde março e as primeiras simulações de operações agendadas para setembro, a intenção por trás do real digital é expandir as oportunidades de negócios e fomentar a inclusão financeira. Tudo isso será realizado em um ambiente seguro, com riscos mínimos de fraudes.

De acordo com o BC, a proposta é que o Drex seja utilizado no âmbito corporativo para serviços financeiros, funcionando de maneira similar ao Pix, um sistema de transferências instantâneas em operação desde 2020, porém voltado para transações de grande volume e com variadas finalidades. Os consumidores precisarão converter reais em Drex para enviar fundos e efetuar a conversão inversa ao receberem dinheiro.

O que é o Drex?

O Drex é uma nova moeda digital brasileira, que será lançada pelo Banco Central (BC). Ela funcionará como uma versão eletrônica do papel-moeda e utilizará a tecnologia blockchain, a mesma das criptomoedas.

O Drex será uma CBDC, ou Moeda Digital de Banco Central. Isso significa que ela será garantida pelo BC e terá seu valor atrelado ao real. Cada R$ 1 equivalerá a 1 Drex.

O blockchain é uma tecnologia que permite a transferência segura e transparente de dados. Ela é baseada em um sistema de blocos criptografados, que são interligados entre si. Isso torna muito difícil adulterar ou apagar informações no blockchain.

O Drex será uma ferramenta segura, eficiente e conveniente. Ele poderá ser usado para pagamentos, transferências e investimentos. O BC espera que o Drex ajude a modernizar o sistema financeiro brasileiro e a tornar as transações mais rápidas, seguras e acessíveis.

Qual a diferença do Drex para o Pix?

Embora possa ser considerado primo do Pix, por permitir pagamentos instantâneos entre instituições financeiras diferentes, o Drex funcionará de maneira distinta. No Pix, a transferência ocorre em reais e obedece a limites de segurança impostos pelo BC e pelas instituições financeiras. No Drex, a transferência utilizará a tecnologia blockchain, a mesma das criptomoedas. Isso permitirá transações com valores maiores.

Que serviços poderão ser executados com o Drex?

Serviços financeiros em geral, como transferências, pagamentos e até compra de títulos públicos. Os consórcios habilitados pelo Banco Central poderão desenvolver mais possibilidades, como o pagamento instantâneo de parcelas da casa própria, de veículos e até de benefícios sociais, conforme anunciado pelo consórcio formado pela Caixa Econômica Federal, a Microsoft do Brasil e a bandeira de cartões de crédito Elo.

O Drex permitirá o uso de contratos inteligentes. No caso da venda de um veículo, não haveria a discussão se caberia ao comprador depositar antes de pegar o bem ou se o vendedor teria de transferir os documentos antes de receber o dinheiro. Todo o processo passará a ser feito instantaneamente, por meio de um contrato automatizado, reduzindo o custo com burocracias, intermediários e acelerando as operações.

Como se dará o acesso ao Drex?

Prevista para chegar ao consumidor no fim de 2024 ou início de 2025, o Drex só funcionará como uma moeda de atacado, trocada entre instituições financeiras. O cliente fará operações com a moeda digital, mas não terá acesso direto a ela, operando por meio de carteiras virtuais.

O processo ocorrerá da seguinte forma. Primeiramente, o cliente (pessoa física ou empresa) deverá depositar em reais a quantia desejada numa carteira virtual, que converterá a moeda física em Drex, na taxa de R$ 1 para 1 Drex. Essas carteiras serão operadas por bancos, fintechs, cooperativas, corretoras e demais instituições financeiras, sob a supervisão do BC. Novos tipos de empresas com carteira virtual poderão ser criados, conforme a evolução da tecnologia.

Após a tokenização (conversão de ativo real em ativo digital), o cliente poderá transferir a moeda digital, por meio da tecnologia blockchain. Caberá ao receptor converter os Drex em reais e fazer a retirada.

A tokenização pode ser definida como a representação digital de um bem ou de um produto financeiro, que facilita as negociações em ambientes virtuais. Por meio de uma série de códigos com requisitos, regras e processos de identificação, os ativos (ou frações deles) podem ser comprados e vendidos em ambientes virtuais.

Com informações da Agência Brasil

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