
A inflação oficial do país desacelerou em junho, com o IPCA fechando o mês em 0,24%, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (10), pelo IBGE. O recuo foi impulsionado principalmente pela primeira queda nos preços dos alimentos em nove meses. Por outro lado, a conta de luz puxou o índice para cima, com alta de 2,96% no mês.
A bandeira vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, foi apontada como a principal responsável pela pressão sobre o orçamento das famílias. Segundo o IBGE, sem a energia elétrica, o IPCA teria sido de apenas 0,13%.
A alimentação no domicílio recuou 0,43%, puxada por itens como arroz (-3,23%), frutas (-2,22%) e ovo de galinha (-6,58%). Já o transporte por aplicativo teve alta expressiva de 13,77%, enquanto os combustíveis caíram 0,42%.
Mesmo com a sequência de desaceleração desde fevereiro, o IPCA acumula alta de 5,35% em 12 meses, mantendo-se acima do teto da meta do governo, que é de 4,5%. O INPC, índice que mede a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos, também desacelerou e ficou em 0,23% no mês, acumulando 5,18% em 12 meses.