Que a Jegada vai proporcionar reencontros e muitas conexões reais, isso já sabemos. No entanto, mais que um evento, a festa consolida-se, a cada ano, como uma grande geradora de postos de trabalho, o que aquece o comércio e serviços da região, especialmente os de Elísio Medrado, onde são realizados os shows. Ao todo, ela injeta, aproximadamente, R$ 800 mil na economia. Para se ter uma ideia da importância da Jegada, são geradas, de forma direta, 330 vagas.
As pousadas de Elísio Medrado já estão com 100% de ocupação. Os proprietários desses estabelecimentos lucram com as diárias e também com a venda de refeições. A rede hoteleira de cidades vizinhas, como Santo Antônio de Jesus, Amargosa e Itatim também abrigará artistas e equipes técnicas. Mas, se não há vagas para novos hóspedes, estes podem recorrer ao aluguel de casas. Muitos proprietários colocaram seus imóveis para alugar e, com isso, conseguir um dinheiro extra, uma espécie de 14º salário. Já são cerca de 30 aluguéis confirmados.
A melhor festa da região também atrai milhares de pessoas dos municípios vizinhos e até da capital Salvador. Aí entra outra ramificação da gigantesca ‘árvore econômica’ que a Jegada plantou: o transporte. Donos de veículos lucram bastante saindo de cidades como Santo Antônio de Jesus, Mutuípe, Milagres, Itatim, Ubaíra, dentre outras, para trazerem passageiros e cargas.
Quem prefere ir de carro e estacionar em locais privados, desembolsa, no mínimo, R$ 10. Na área próxima do Estádio Municipal, onde acontece o evento, muitos proprietários transformam seus terrenos em estacionamentos. Há áreas, por exemplo, que comportam 200 veículos. A conta é simples: R$ 10 x 200 = R$ 2.000. É ou não é uma graninha extra muito boa? E por falar em transporte, mototaxistas são outros profissionais que aumentam a renda por causa da Jegada.
Quem curte a festa quer ir bem vestida(o) e com cabelo e unhas impecáveis, não é mesmo? Por isso, muitos salões de beleza de Elísio Medrado já não têm mais vaga para atendimento na sexta-feira (10) e no sábado (11). As lojas já viram o movimento aumentar em função da procura por roupas e calçados. Mercados, bares, restaurantes e lanchonetes também veem seu faturamento crescer com o aumento da demanda.
Os vendedores ambulantes de alimentos e bebidas, que se instalam ao longo do percurso da festa, também fazem parte do ciclo econômico e comercializam seus produtos. É mais dinheiro em caixa e dignidade para essas famílias.
Ainda mais atento ao fortalecimento da economia local, o diretor da Jegada Produções, Álvaro Dayan, tomou uma importante decisão este ano: as camisas da festa foram produzidas por uma empresa de Elísio Medrado. “Tivemos propostas mais em conta em Salvador e Feira de Santana, mas preferimos optar pela Art X. É uma empresa daqui e que dá oportunidades ao povo da nossa terra. Então, como a Jegada preza muito pelo social, tomamos a decisão de fechar o contrato com eles”.
E por falar em compromisso social, a Jegada doará, após o evento, mais de 300 cestas básicas às famílias em situação de vulnerabilidade, em Elísio Medrado. “Mesmo no ano passado, quando não foi possível realizar a festa, por causa da proibição, em função da pandemia do coronavírus, fizemos a doação. Nosso compromisso social ameniza um pouco o sofrimento de muitas pessoas carentes que temos aqui”, lembra Álvaro Dayan.