Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,26% em julho, segundo dados divulgados pelo IBGE, pressionado principalmente pela alta na conta de luz residencial, que subiu 3,04% no mês. Apesar disso, o preço dos alimentos caiu pelo segundo mês consecutivo, contribuindo para segurar a inflação.
O grupo alimentos e bebidas apresentou queda de 0,27% em julho, a maior desde agosto de 2024, puxada especialmente pela redução nos preços da batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Essa baixa foi fundamental para que o IPCA não ficasse mais alto — sem a queda dos alimentos, o índice teria sido 0,41%.
Além dos alimentos, outros grupos também registraram deflação, como vestuário e comunicação. Já os aumentos mais expressivos vieram da energia elétrica, impactada pela bandeira tarifária vermelha e reajustes regionais, e do transporte aéreo, com alta nas passagens durante o mês de férias escolares.
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação está em 5,23%, acima do teto da meta oficial, principalmente devido ao impacto da energia elétrica, que subiu 10,18% no ano até julho.
