Falta pouco para Elísio Medrado ser ‘invadida’ por milhares de pessoas de cidades circunvizinhas, que se juntam à população local na maior festa da região: a Jegada. Nesta edição, o evento traz como principal atração o cantor alagoano Mano Walter, um dos artistas mais ouvidos do Brasil e dono de muitas apresentações anuais pelo país. Antes de entrar no avião para embarcar rumo a mais um show, ele bateu um rápido papo com o repórter Jacson Brasil. Nesta entrevista exclusiva, Mano Walter fala sobre a expectativa de se apresentar pela primeira vez em Elísio Medrado; pandemia; retorno aos palcos; e a relação com a esposa, Débora, e o filho José, de um ano.
i75 – Elísio Medrado é uma cidade de nove mil habitantes e a Jegada reúne pessoas de todo o Recôncavo baiano. Pelo que percebemos do público, seu show é um dos mais aguardados. Essa expectativa já é algo natural para você ou cada cidade guarda suas peculiaridades?
Mano Walter – É uma alegria de ver que sou referência para públicos de todas as idades, isso sempre me deixa muito feliz e honrado. Agradeço ao carinho de todos. Em cada lugar que passamos, vivenciamos parte da nossa história. Espero escrever um lindo capítulo aí em Elísio Medrado.
i75 – Como será seu repertório para a Jegada? Será o mesmo da atual turnê ou vai preparar algo diferente?
MW – O que eu posso dizer é para o público ficar preparado e animado, porque será uma retomada emocionante. Preparem as pernas para dançarem muito e a garganta para cantarem comigo.
i75 – No interior do nordeste há os amantes das vaquejadas e cavalgadas. Aqui, em Elísio Medrado, não é diferente. No repertório para a Jegada vai ter aquelas músicas apreciadas por esse público?
MW – Claro! Eu sempre penso em um repertório completo para todos se divertirem e aproveitarem o meu show. Então, segure aí: ‘ô mulher você é linda, és a linda das mais lindas, igual a você não tem…’
i75 – Para o artista, há diferença entre os shows nas grandes e nas pequenas cidades, como é o caso de Elísio Medrado?
MW – Sou grato por tudo que os fãs me proporcionam nos shows, independente do local ou quantidade de público. Cada lugar é uma experiência única!
i75 – Como foi o período sem shows, durante a pandemia do coronavírus? O que você costumava fazer?
MW – Foi um período complicado, não só para quem vive da música, mas, também, para quem vive de outras manifestações artísticas e culturais. Eu fiquei bastante com a minha família. Graças a Deus nossa relação é próxima, tranquila e feliz.
i75 – Dá para tirar algo de positivo do período em que ficou em casa, sem fazer shows?
MW – Foi ruim esta parada? Foi! Mas sou uma pessoa de muita fé e tento ver o lado positivo de todas as coisas. Imagine na rotina de shows se eu conseguiria acompanhar tão de perto o crescimento do meu filho? Nunca! A rotina é muito puxada e ficamos dias e dias longe da família. Na idade dele, cada dia é uma descoberta e pude acompanhar. Isso foi um verdadeiro presente de Deus. A Débora sempre foi muito companheira, e, neste período, nos vimos mais próximos ainda, como casal, como pessoas, como pais e, principalmente, como amigos de vida.
i75 – O que foi mais difícil para você durante a pandemia?
MW – A pandemia me fez refletir o quanto é importante saber dosar as coisas, nem tanto lá e nem tanto cá. Com tudo isso, tenho certeza que vou conseguir um ponto de equilíbrio para que eu possa dar o meu melhor como marido e pai, e, também, na minha profissão. O equilíbrio foi minha grande lição.
i75 – Onde serão seus próximos shows aqui na Bahia?
MW – Estamos voltando agora com a rotina de shows. Vocês podem esperar muita coisa boa na Bahia! Acompanhem lá nas minhas redes [sociais] pra saber tudo e não perder a oportunidade.
i75 – Para finalizar, deixe uma mensagem para todos que vão curtir a Jegada.
MW – Meu povo lindo de Elísio Medrado e toda a região, não vejo a hora de estar nessa linda festa com vocês. Falta pouco para vivermos essa emoção! O vaqueiro está chegando! É show, papai!