Barra-SC sai na frente do Santa Cruz na decisão da Série D: 2 a 1

De um lado, como mandante na Arena Pernambuco lotada com mais de 45 mil torcedores, o Santa Cruz, com 111 anos de história. Do outro, fundado há apenas 13 anos e vindo de Balneário Camboriú, em Santa Catarina, o Barra Futebol Clube.

Contrariando prognósticos, na abertura do confronto final da Série D de 2025, neste sábado (27), o Barra derrotou o Santa Cruz, de virada, por 2 a 1 e agora precisa apenas de um empate no jogo da volta, no próximo sábado (4/10), em casa, para se tornar o campeão da competição.

Renato marcou o gol do Santa; Elvinho e Barnabé decretaram a virada. Uma vitória do Santa Cruz no segundo jogo por um gol de diferença leva a definição do campeão para os pênaltis. Caso o Tricolor vença por dois gols ou mais de diferença, leva o troféu.

O primeiro tempo foi movimentado. Começou com um apagão que paralisou a partida por alguns minutos. Na volta, Geovany Soares acertou a trave e, pouco depois, veio o gol do Santa Cruz. Após cruzamento da esquerda, Renato apareceu dentro da área e desviou de cabeça para abrir o placar.

O Barra reagiu pouco depois. Aproveitando erro na saída de bola tricolor, Elvinho ajeitou para a perna direita e chutou forte de fora da área, encontrando o fundo das redes do lado esquerdo da baliza defendida pelo goleiro Rokenedy.

No segundo tempo, o Santa quase retomou a frente no placar, mas a cabeçada de Thiago Galhardo, na cara do gol, foi desviada providencialmente pelo goleiro Ewerthon.

O Barra, que deixava o time da casa ter o domínio da posse e buscava explorar as poucas oportunidades que criava, encontrou ouro quando Bernabé recebeu cruzamento rasteiro da direita, se antecipou à defesa e desviou para o gol, vencendo novamente Rokenedy.

Mesmo com a pressão do tricolor pernambucano, quem esteve mais perto de outro gol foi o Barra. Saimon foi lançado e, já dentro da área, parou em Rokenedy. O Santa tentou levantar bolas na área, mas não obteve sucesso e saiu de campo derrotado.

Durante toda a Série D, o Santa Cruz só havia sido derrotado como mandante uma vez, ainda na fase de classificação, quando perdeu para o Central por 1 a 0, em 29 de junho.

Agora, se quiser conquistar o título da competição, terá que derrotar um anfitrião ainda mais forte: em 11 partidas como mandante, o Barra tem nove vitórias, um empate e uma derrota. A única derrota, na rodada final da fase de classificação, para o Brasil de Pelotas, no dia 27 de julho, foi também o último revés da equipe na competição.

No mata-mata, o Pescador soma agora sete vitórias e dois empates em nove jogos.

Ambas as equipes já têm garantida uma vaga na Série C de 2026, juntamente com os outros dois times que chegaram à semifinal (Maranhão e Inter de Limeira).


Agência Brasil

Médicos alertam para cuidados no volante durante gestação e puerpério

O início da gestação é comumente marcado por vertigens, náuseas e vômitos, além de cansaço e sonolência. Com a evolução da gravidez, edemas, câimbras e contrações abdominais se somam à lista de sintomas e podem dificultar a concentração necessária para a condução de um veículo. O alerta é da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet). 

Durante o 16° Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego, em Salvador, a obstetra e membro da comissão científica da Abramet Lilian Kondo destacou que tanto a gestação quanto o puerpério são períodos que exigem maior atenção da mulher ao assumir o volante. 

No caso de motoristas gestantes, as recomendações, segundo ela, incluem: 

  • evitar trajetos longos;
  • em caso de mal-estar, parar o veículo e pedir ajuda;
  • programar paradas frequentes para se alongar e se movimentar;
  • usar meias de compressão em viagens acima de quatro horas; e
  • utilizar equipamentos de segurança. 

Nesse último quesito, a médica destaca que é recomendado afastar o banco do volante ao máximo, mas de forma que não prejudique a direção, além de utilizar o cinto de segurança de forma que a faixa subabdominal fique o mais baixo possível e nunca por cima da barriga. Já a faixa diagonal deve ser posicionada passando lateralmente ao útero. 

Para puérperas, não há prazo definido para o retorno à condução de veículos. Alguns países, segundo Lilian, orientam aguardar de duas a seis semanas.

“A condição essencial é que a mulher esteja fisicamente e emocionalmente apta e sem fazer uso de medicamentos que prejudiquem a condução”. 

*A repórter viajou à convite da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet)

Agência Brasil

Pesquisa indica consciência de brasileiros com saúde do coração

Um questionário online respodido por 2 mil pessoas em todo o Brasil aponta que hábitos saudáveis para o coração são uma preocupação comum entre brasileiros. 

Realizada entre 25 de agosto e 2 de setembro pelo Instituto Ipsos a pedido da farmacêutica Novartis, a pesquisa ouviu de 64% dos entrevistados a afirmação de que adotaram novos hábitos de vida pela saúde do coração. A percepção de que esses hábitos são importantes também foi captada: 76% dos entrevistados disseram estar conscientes de que é possível se prevenir contra um infarto, e 72% disseram conhecer uma pessoa que infartou.

Entre os entrevistados que declararam ter mudado sua rotina em prol da saúde, 70% passaram a se alimentar de uma forma mais saudável, 64% começaram a se exercitar e 45% procuraram atividades com a finalidade de reduzir o estresse.

Ouvida pelo Ipsos para comentar a pesquisa, a cardiologista Maria Cristina Izar, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp) e diretora científica do Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira de Cardiologia, comemorou parte dos resultados.

“Esta pesquisa é uma prova de que as pessoas estão mais bem informadas e interessadas em preservar a saúde do coração, adotando comportamentos mais saudáveis. Isso significa um avanço importante se pensarmos que a nossa expectativa de vida mudou e a prevenção é o caminho do envelhecimento saudável”, destacou a cardiologista.

Por outro lado, apesar de 82% dos entrevistados terem consciência de que o infarto não distingue faixa etária, 51% das pessoas não sabiam que os sintomas do infarto são diferentes em homens e mulheres.

“Isso significa que precisamos abordar melhor esse tópico e informar a população sobre essa diferença, pois no lugar da clássica dor no peito, as mulheres podem apresentar cansaço extremo, náusea, dor nas costas, no pescoço ou falta de ar como manifestações do infarto. Inclusive, por serem considerados atípicos para doenças do coração, esses sintomas são frequentemente atribuídos a causas como estresse ou ansiedade, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento adequado das mulheres”, alerta a cardiologista.

Exames

Outro dado considerado positivo nas respostas foi que 77% dos entrevistados sabem que existe mais de um tipo de colesterol, e 82% reconhecem que as taxas de colesterol ruim (LDL) podem ocorrer em qualquer idade.

Mais da metade dos entrevistados, 55%, também sabe que o colesterol ruim (LDL) alto aumenta a possibilidade do infarto, e oito em cada dez já fizeram exame de sangue para medir o colesterol.

Entre os que já fizeram exames de colesterol, 77% levam os resultados para algum especialista, mesmo que raramente. O principal profissional que avalia esse laudo é o clínico geral e, em segundo lugar, o cardiologista.

Para Maria Cristina Izar, é preocupante que 18% dos entrevistados nem sempre levem o resultado do exame para um médico avaliar. “Após a realização de um exame, é ideal mostrar os resultados para que o médico possa interpretá-los da maneira correta e indicar o devido tratamento”, avaliou.

Agência Brasil

De leite fortificado a itens da agricultura familiar, PNAE faz 70 anos

A Constituição Federal estabelece, desde 1988, que a alimentação é direito de todos os brasileiros. É este princípio que alicerça o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), aponta o professor do Instituto de Saúde e Sociedade da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Daniel Henrique Baldoni. 

O Fórum Mundial de Alimentos da Nações Unidas aponta a política como uma das ferramentas que ajudaram a tirar o Brasil do Mapa da Fome, marco anunciado em julho deste ano. Administrado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), o PNAE repassa recursos para estados e municípios, que complementam o orçamento com orçamentos locais.  

Além disso, o programa estabelece uma série de regras para garantir alimentação nutricionalmente equilibrada e que fortalece as economias locais, uma vez que prevê a compra de alimentos vindos da agricultura familiar. 


Brasília (DF), 19/09/2025 - Daniel Baldoni, coordenador de Segurança Alimentar do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Foto: Daniel Baldoni/Arquivo pessoal

Daniel Baldoni, coordenador de Segurança Alimentar do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Foto: Daniel Baldoni/Arquivo pessoal 

Baldoni é coordenador de Segurança Alimentar e Nutricional do PNAE, política pública considerada uma referência mundial na educação que atende 40 milhões de estudantes da rede pública. A experiência brasileira está completando 70 anos e foi debatida durante a 2ª Cúpula da Coalização Global pela Alimentação Escolar, realizada neste mês em Fortaleza. O encontro reuniu mais de 100 países que assumiram a meta de garantir alimentação escolar para 100% dos estudantes até 2030. 

 

Em entrevista à Agência Brasil, Baldoni contou sobre a construção da política que une saúde, educação, desenvolvimento social e até meio ambiente. Ele também abordou os desafios orçamentários e destacou que a política já é de Estado, independentemente de governos.  

Agência Brasil: Por que a política de alimentação escolar do Brasil virou referência? 

Daniel Baldoni: Essa é uma construção de longo prazo. Uma história de 70 anos, que tem dois momentos. Começa na década de 50, com dependência de apoio internacional e alimento formulado. Leite fortificado e biscoito. A virada vem depois. A história do PNAE moderno, começa com a Constituição [de 1988].  O Brasil talvez seja o único país do mundo que diz na sua carta constituinte que é direito da criança comer na escola.  Isso é uma declaração muito potente. 

Agência Brasil: De que forma a constituição cidadã impulsionou essa política? 

Daniel Baldoni: A redemocratização foi importante para que o país desenvolvesse o SUS [Sistema Único de Saúde], a alimentação escolar e as políticas sociais. Nada disso aconteceria em um país que não fosse democrático. Nesse momento da história do mundo, é preciso ressaltar esse ponto.  A partir disso é que vai nascer o PNAE moderno. 

Agência Brasil: O que caracteriza o PNAE moderno?  

Daniel Baldoni: O PNAE moderno começa na metade dos anos 90, com a descentralização dos recursos e o controle social. É quando a gente percebe que não tem sentido, em um país desse tamanho, o governo federal comprar alimentos para tentar distribuir. Então criamos mecanismos para enviar recursos direto para estados e municípios, exclusivamente para a compra de gêneros alimentícios.  

Agência Brasil: O dinheiro chegando direto na ponta fez a diferença? 

Daniel Baldoni: Não só. A partir daí, a gente desenvolve uma série de normas e define o que deve ter nessa alimentação. Esses princípios e diretrizes estão em uma lei de 2009. A gente limita a presença de alimentos processados e ultraprocessados, diz que precisa ter frutas e hortaliças, que a comida tem que ser preparada na escola. Ou ainda que tem que ter alimentos com fonte de ferro, de vitamina A – que ainda são carências importantes em certas partes do país. E que a escola precisa ter educação alimentar integrada ao currículo dos alunos. 

Agência Brasil: Frutas, hortaliças, comida feita na cozinha da escola é uma realidade muito diferente de leite fortificado e biscoito. 

Daniel Baldoni: Comer bem não significa comer hambúrguer ou não comer macarrão. É comer o que é da sua cultura, aquilo que é hábito. É entender que tem regiões que a merenda vai ser o açaí com farinha e há outros lugares que vai ser o mungunzá.  Em outros vai ser arroz e feijão, e na região costeira vai ser o pescado.  A gente precisa defender os nossos hábitos, os alimentos produzidos aqui. Lasanha congelada não é hábito de nenhuma região do Brasil, disso tenho certeza.  

Agência Brasil:  Qual é o potencial de a alimentação escolar movimentar a economia local? 

Daniel Baldoni: Uma norma muito bonita do PNAE é a que diz que pelo menos 30% dos recursos que vão para as escolas tem que ser para comprar alimentos produzidos de agricultores familiares. Esse é o mínimo, pode comprar 100%. No ano que vem, esse patamar vai aumentar para 45%. Isso também é parte do comer bem. É comer o que está sendo produzido perto de você, porque não tem sentido um alimento se deslocar quilômetros para chegar até você.    

Agência Brasil: E isso tem impacto na formação dos estudantes?  

Daniel Baldoni: Isso diz muito sobre o país que queremos ser, sobre o sistema alimentar que queremos construir. Quando você compra da agricultura familiar, você está comprando o que a família daquele estudante produz. Isso é muito bonito.  Ele fala: “isso veio da minha casa, isso veio da minha família”.  

Também tem um significado de que comida não é o que se vende em uma prateleira.  Ela vem de um lugar que alguém produziu, com mãos humanas que trabalharam naquele lugar, que aquilo foi tirado da terra. Ou, que foi um animal de verdade, que a gente tem que respeitar quando consome aquele alimento.  Eu brinco que muitas vezes a educação alimentar é o lugar em que o [método] Paulo Freire acontece, porque o comer está tão intrínseco na nossa vida, no nosso dia a dia, que é onde as pessoas se reconhecem.  

Agência Brasil: O PNAE também é uma política ambiental? 

Daniel Baldoni: O sistema alimentar está no centro do enfrentamento às mudanças climáticas.  Primeiro são os combustíveis fósseis, depois é a forma que a gente produz alimentos. Esses são os grandes causadores das mudanças climáticas. Então, se a gente quer transformar este lugar, isso passa por políticas muito poderosas como a alimentação escolar. 

Agência Brasil: Até 2023, o PNAE passou cinco anos sem reajuste, o que impactou a oferta nos sistemas estaduais e municipais. O valor atual para educação básica é de R$ 0,50 por aluno (por dia). Essa é uma política que pode estar sob ameaça? 

Daniel Baldoni: A gente tem que lembrar que a alimentação escolar não é uma política de governo, é uma política de Estado.  Eu acho que qualquer governo que seja eleito jamais vai conseguir acabar com um programa como o PNAE. As mães, os cuidadores, as famílias, as crianças, os adolescentes entendem que, sim, a escola é lugar de aprender e de comer.  E que comer faz parte do aprendizado.   

Agência Brasil: Mas estrangular o orçamento não é uma forma de acabar?  

Daniel Baldoni: No caso de qualquer política pública, não precisa acabar com ela para ela desaparecer. É só ir diminuindo. O repasse do PNAE é obrigatório. O governo não pode retroceder no orçamento, mas pode não reajustar.  E é óbvio o que financiamento é uma questão crítica. Uma das grandes lutas que temos é estabelecer, via marco legal, uma forma de corrigir o repasse de tempos e tempos. Claro que a gente tem que ter muito cuidado nisso do ponto de vista econômico. Estamos falando de um programa muito grande, com um grande volume de compras e que, atrelado a uma certa indexação da economia, pode gerar efeitos colaterais. Mas seria muito importante que a gente conseguisse, em algum momento, garantir periodicidade no reajuste. 

 

* A repórter viajou a convite do Ministério da Educação

 


Agência Brasil

Hoje é Dia destaca Outubro Rosa, dia dos idosos e proteção aos animais

Nesta semana, que engloba o final de setembro e início de outubro, temos uma das maiores mobilizações pela saúde feminina. A campanha Outubro Rosa, de prevenção do câncer de mama, começa no dia 1º e se estende por todo o mês. A doença é o tipo de câncer que mais afeta e mata mulheres no Brasil. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 73,6 mil casos a cada ano. Como não poderia deixar de ser, a temática recebe grande destaque nos veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) todos os anos.

Em 2022, a Agência Brasil publicou uma reportagem esclarecedora, sobre mitos e verdades acerca da doença. A Agência Gov destacou a importância das mulheres fazerem o autoexame, em texto de 2023. E a TV Brasil trouxe a informação de que as mulheres negras tem 57% mais chance de morrer de câncer de mama, em reportagem de 2024 do Repórter Brasil Tarde. Os direitos das pacientes que têm a doença foram explicados nesta reportagem da Radioagência Nacional, de 2022, e nesta edição do Repórter Brasil, também da TV Brasil, exibida em 2024.

O cientista francês Louis Pasteur morreu no dia 28 de setembro de 1895. Ele é mais conhecido pela invenção do processo de pasteurização, que aumenta a vida útil de alimentos perecíveis, nas também foi o criador da vacina contra a raiva, que ajudou a salvar milhares de vidas, de humanos e animais, como explica esta edição de 2015 do História Hoje, da Rádio Nacional

Esta descoberta de Louis Pasteur foi homenageada com a criação, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), do Dia Mundial Contra a Raiva, celebrado no mesmo dia de seu falecimento (28 de setembro). Os veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) já destacaram várias vezes a importância da vacinação contra a doença, como nesta reportagem da Agência Brasil, de 2022, nesta do Repórter Brasil, da TV Brasil, exibida em 2023, e nesta da Agência Gov, de 2024. A Rádio Nacional também abordou o tema, em entrevista no programa Ponto de Encontro, de 2018. 

O dia 1º de outubro é o Dia Mundial do Vegetarianismo, comemoração internacional criada em 1977 nos Estados Unidos para lembrar os problemas causados pelo consumo de carne e mostrar as vantagens de uma dieta baseada em alimentos de origem vegetal. A Agência Brasil publicou uma matéria ampla sobre o tema em 2017, explicando como é esse estilo de vida. Neste outro texto, de 2021, mostrou que no Brasil 14% da população se considera vegetariana (cerca de 30  milhões de pessoas). A TV Brasil exibiu em 2021 uma reportagem sobre quais são os cuidados que devem ser tomados para uma dieta sem carne, no Repórter Brasil

Promoção de direitos 

No dia 1º de outubro temos o Dia Internacional das Pessoas Idosas, comemoração instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 1990. No Brasil, a data é oficializada como o Dia Nacional do Idoso. Os direitos dessa parcela da população, que muitas vezes não são respeitados, foram o foco desta edição do Tarde Nacional, da Rádio Nacional, de 2021. Os hábitos e cuidados para garantir um envelhecimento saudável foram abordados pela Agência Brasil em reportagem de 2019, e pelo jornal Repórter Rio, da TV Brasil, em 2022. No mesmo ano, a emissora exibiu episódio do Caminhos da Reportagem, mostrando que cada vez mais os idosos se recusam a aceitar o rótulo de “inativos” e estão construindo uma nova forma de envelhecer.

Em 4 de outubro celebramos o Dia Mundial dos Animais. A comemoração foi criada em 1929 em Viena, capital da Áustria, em homenagem a São Francisco de Assis, santo padroeiro dos animais, que faleceu nesta data em 1226. A efeméride funciona como um alerta para a necessidade de preservação de todas as espécies e do entendimento de que animais são seres sencientes e conscientes, como explica esta edição do programa Nacional Jovem, da Rádio Nacional. O Brasil deu um importante passo nesse sentido ao proibir por lei, em 2025, o uso de animais vivos em testes laboratoriais para o desenvolvimento de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, como destacou esta reportagem da Agência Brasil, esta da Agência Gov e esta edição do programa Natureza Viva, da Rádio Nacional.

Cultura

No dia 3 de outubro de 1915, há 110 anos, nascia o cantor carioca Orlando Silva, conhecido como “o cantor das multidões”. Filho de família pobre, antes de se tornar cantor foi entregador de marmitas, sapateiro, vendedor de tecidos, mensageiro e office boy. Ao longo de sua carreira gravou mais de 200 canções. Orlando também participou da inauguração da Rádio Nacional, hoje um veículo da EBC. Ele foi o primeiro cantor a se apresentar na emissora e a, posteriormente, ter um programa exclusivo. O cantor foi homenageado por ocasião de seu centenário, em 2015, no Repórter Brasil, da TV Brasil, e no programa Todas as Vozes, da Rádio MEC. A emissora também prestou tributo ao artista em 2025, na série especial Orlando Silva, o cantor das multidões, em 2025. 

Há 20 anos, no dia 3 de outubro de 2005, perdíamos Emilinha Borba, considerada uma das maiores intérpretes da chamada Era de Ouro do rádio brasileiro. Ela teve uma carreira prolífica, gravando 117 discos, com clássicos do samba, marchinhas e choro. No início da década de 40, foi contratada pela Rádio Nacional, emissora onde permaneceu por 27 anos. Emilinha recebeu várias homenagens dos veículos da EBC em 2023, ano em que completaria 100 anos se estivesse viva. O centenário foi destaque na Radioagência Nacional, na Agência Brasil, no programa Especial de Domingo, da Rádio Nacional, e nos jornais Repórter Brasil e Repórter Brasil Tarde, da TV Brasil.

História

No dia 28 de setembro de 1885 foi promulgada no Brasil a Lei dos Sexagenários, que deu liberdade aos escravos com idade igual ou superior a 65 anos. Ela enfrentou grande resistência dos senhores de escravos, mas foi mais um grande passo para consolidar a abolição da escravidão no país, anos mais tarde, como conta esta edição do História Hoje, da Rádio Nacional.

Confira a relação completa de datas do Hoje é Dia de 28 de Setembro a 4 de Outubro de 2025*

Setembro / Outubro de 2025

28/9

Morte do cientista francês Louis Pasteur (130 anos) – foi mais conhecido do público em geral por inventar um método para impedir que leite e vinho causem doenças, um processo que veio a ser chamado de pasteurização, em homenagem ao seu sobrenome

Exibição do primeiro telejornal a ser exibido no Brasil, o jornal Imagens do Dia (70 anos)

Promulgação da Lei dos Sexagenários, que libertava todos os escravos com mais de 60 anos (140 anos)

Dia Internacional do Acesso Universal à Informação – data reconhecida pela Unesco

Dia Mundial da Raiva – comemoração para marcar a data da morte do microbiologista e químico francês Louis Pasteur, que faleceu em 28 de setembro de 1895, e que, com a colaboração de seus colegas, também desenvolveu a primeira vacina eficaz contra a raiva. A data é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS)

29/9

Nascimento do cantor, compositor e pianista estadunidense Jerry Lee Lewis (90 anos) – considerado um dos pioneiros do gênero rock and roll

30/9

Morte do ator estadunidense James Dean (70 anos)

TV Excelsior encerra suas atividades (55 anos)

Dia Internacional do Podcast

Dia Internacional da Tradução – data reconhecida pela ONU

Inauguração do Teatro Francisco Nunes, o Teatro de Emergência, em Belo Horizonte-MG (75 anos)

Dia Estadual da Velha Guarda das Escolas de Samba

1º/10

Outubro Rosa – movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama

Dia do Vereador

Dia Internacional das Pessoas Idosas – comemoração instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na Resolução nº 45/106, de 14 de dezembro de 1990. Também é conhecida como “Dia Internacional do Idoso” e está oficializada no Brasil como “Dia Nacional do Idoso”

Dia Mundial da Música – comemoração internacional, instituída por uma resolução da 15ª Assembleia Geral do Conselho Internacional de Música, realizada em 1973

Dia Mundial do Vegetarianismo – comemoração internacional de vegetarianos, instituída em 1977 pela Sociedade Vegetariana Norte-Americana e aprovada em 1978 pela União Vegetariana Internacional

Yom Kipur (Dia do Perdão) do Calendário Judaico – começa no crepúsculo que inicia o décimo dia do mês hebreu de Tishrei (que coincide com setembro, outubro ou novembro), continuando até ao seguinte pôr do sol

Fundado o jornal gaúcho Correio do Povo (130 anos)

2/10

Nascimento do cantor mineiro Wanderley Alves dos Reis, o Wando (80 anos)

Dia Internacional da Não-Violência – comemoração instituída pela ONU em resolução de 15 de Junho de 2007, para marcar a data do nascimento do líder pacifista hindu Mahatma Gandhi

Dia Nacional do Pacifismo Ativo e pelo Desarmamento – comemoração criada pela Lei nº 11.619, de 19 de dezembro de 2007, que está relacionada com o “Dia Internacional da Não-Violência”

Inauguração do Estádio do Morumbi (65 anos)

3/10

Nascimento do cantor fluminense Orlando Silva (110 anos) – referenciado como “o cantor das multidões”, em 12 de setembro de 1936 participou da inauguração da Rádio Nacional, sendo o primeiro a ter um programa exclusivo na emissora

Morte da cantora fluminense Emilinha Borba (20 anos) – em 1942 foi contratada pela Rádio Nacional do Rio de Janeiro, desligando-se meses depois. Em setembro de 1943 retornou ao “cast” da emissora e, durante os 27 anos que permaneceu contratada, firmou-se como a “Estrela Maior” da rádio

Início da Revolução de 1930, sob a liderança de Getúlio Vargas (95 anos)

4/10

Morte da cantora, compositora e multi-instrumentista estadunidense Janis Joplin (55 anos)

Morte do jornalista, escritor, músico e pesquisador paulista Zuza Homem de Mello (5 anos)

Dia Nacional do Agente Comunitário de Saúde e Dia Nacional dos Agentes de Combate às Endemias

Dia Mundial dos Animais – comemoração internacional criada em 1929, no “Congresso de Proteção Animal”, realizado na cidade austríaca de Viena

Início da Semana Mundial do Espaço – o evento acontece por conta do lançamento do primeiro satélite artificial, o Sputnik I, em 4 de outubro de 1957, e do Tratado sobre princípios reguladores das atividades dos Estados na exploração e uso do espaço cósmico, inclusive a lua e demais corpos celestes, que entrou em vigor em 10 de outubro de 1967

Início das transmissões do Projeto Minerva (55 anos)

*As datas são selecionadas pela equipe de pesquisadores do Projeto Efemérides, da Gerência de Acervo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que traz temas relacionados à cultura, história, ciência e personalidades, sempre ressaltando marcos nacionais e regionais. A Gerência de Acervo também atende aos pedidos de pesquisa do público externo. Basta enviar um e-mail para centraldepesquisas@ebc.com.br.

 


Agência Brasil

Defesa Civil testa aviso de desastre via celular no DF, GO, MS e MT

A Defesa Civil nacional enviou neste sábado (27) uma mensagem para o celular dos moradores do Distrito Federal e de mais 12 municípios de Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso para testar o novo sistema de alerta de emergência para desastres naturais.

Por volta das 15h, os moradores receberam uma mensagem de texto alertando para o teste de demonstração do sistema Defesa Civil Alerta.

O alerta apareceu de forma destacada na tela inicial do aparelho e foi acompanhado de um aviso sonoro de sirene.

“Defesa Civil: Demonstração do novo sistema de alerta de emergência no Distrito Federal. Mais informações, consulte o site Defesa Civil Alerta”, diz a mensagem.

Com o envio, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional, pasta responsável pela Defesa Civil, concluiu a nacionalização do sistema de alerta.

Após a fase de implantação, a Defesa Civil passará a enviar alertas reais de desastres em áreas de risco iminente.

Para receber as mensagens, não é necessário fazer cadastro prévio. Os alertas serão enviados conforme a cobertura do sinal do celular nos aparelhos compatíveis com as redes 4G e 5G.

Os alertas foram divididos em Extremo e Severo. O alerta extremo é considerado pela Defesa Civil como o mais grave. Por ser considerado de urgência imediata, o alarme vai soar mesmo se o aparelho estiver no modo silencioso.

A mensagem com alerta severo representa perigo esperado. Dessa forma, a população terá mais tempo para adotar as medidas de segurança que são indicadas pela Defesa Civil. Nesse caso, o sinal sonoro não irá soar no modo silencioso.

Susto

O envio do alerta foi comunicado antecipadamente pela Defesa Civil, mas surpreendeu moradores desavisados. Pelas redes sociais, usuários da internet relataram que ficaram assustados ao ouvir o sinal sonoro.

Após o envio do alerta, a Defesa Civil foi às redes sociais para esclarecer os internautas.

 “Recebeu o alerta aí hoje? Calma, era só um teste do #DefesaCivilAlerta! Hoje foi apenas uma demonstração”, disse o órgão. 

Agência Brasil

Com mais 3 medalhas, Brasil fecha Mundial de Natação Paralímpica

O último dia de disputas do Mundial de Natação Paralímpica, em Singapura, teve três pódios para o Brasil. Neste sábado (27), Mariana Gesteira (foto) conquistou o ouro 50 metros livres S9 (comprometimento físico-motor), Gabriel Bandeira obteve a prata nos 100m borboleta S14 (deficiência intelectual) e Mayara Petzold foi bronze nos 50m borboleta S6 (comprometimento físico-motor um pouco maior).

Com os resultados, o país encerrou a competição na sexta colocação no quadro de medalhas, com 39 pódios, sendo 13 ouros, 16 pratas e 10 bronzes. A Itália foi quem terminou em primeiro no quadro, com 18 ouros, 17 pratas e 11 bronzes (46 medalhas), seguida por Estados Unidos e China.

Medalhas

O desempenho dos nadadores brasileiros superou, em pódios e ouros, a performance registrada nos Jogos Paralímpicos de Paris, no ano passado. Naquela ocasião, o Brasil somou 26 medalhas: sete ouros, nove pratas e dez bronzes.

Agora, destaque do último dia de competições pelo Brasil, Mariana Gesteira chegou ao tricampeonato mundial nos 50m livre S9 com o tempo de 27s60. A nadadora do estado do Rio também voltou com o ouro nos 100m costas e a prata nos 100m livre.

Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, da classe S2 (a que possui o segundo maior comprometimento físico-motor) e Carol Santiago, da S12 (baixa visão), com três ouros cada um, foram os que mais contribuíram para a contagem de primeiros lugares do país no Mundial.

 

Agência Brasil

Tetra e penta: Brasil abre Mundial de atletismo paralímpico com ouro

O primeiro dia de provas do Mundial de Atletismo Paralímpico, em Nova Delhi, na Índia, foi altamente produtivo para os atletas brasileiros. Neste sábado (27), dois deles conquistaram ouros e aumentaram a coleção de títulos mundiais.

Petrúcio Ferreira chegou ao penta nos 100 metros T47 (deficiência nos membros superiores), enquanto Beth Gomes alcançou o tetra no lançamento de disco F53 (atletas que competem sentados).

O saldo do primeiro dia teve ainda mais duas pratas, com Yeltsin Jacques, nos 5.000m T11 (deficiência visual) e Vinícius Cabral nos 100m T71 (petra).

Disputa

O pentacampeonato do paraibano Petrúcio Ferreira veio em uma final extremamente disputada. O velocista ficou em primeiro com o tempo de 10s66, mas a diferença para o segundo colocado, o chinês Shi Kangjun, foi de apenas dois centésimos, enquanto o terceiro colocado, o marroquino Ayamane El Haddaoui, chegou apenas quatro centésimos depois. Outro brasileiro, Thomaz Ruan, que terminou a prova apenas 0s16 atrás de Petrúcio, ficou em quarto, de fora do pódio.

O ouro de Beth Gomes veio de forma tranquila. Ela registrou 17,35m na final do lançamento de disco F53, mais de três metros à frente da segunda colocada, a ucraniana Zoia Ovsill, que lançou a 14,16m. O pódio foi completado por Elena Gorlova, que competiu sem bandeira e registrou 13,10m. O Mundial de atletismo paralímpico vai até domingo, 5 de outubro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Agência Brasil

Haddad: atrelar votação da isenção do IR à da anistia é loucura

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considerou como “loucura” parlamentares atrelarem a votação da isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil à apreciação da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

A declaração de Haddad foi dada em entrevista ao Podcast 3 Irmãos, na manhã deste sábado (27).

“Nem me passa pela cabeça que isso possa estar sendo discutido, porque é uma loucura. Você vai submeter um projeto de justiça social, justiça tributária a isso? Faz a discussão que quiser, mas atrelar uma coisa à outra? Em vez de ser um dia de festa, que dia é esse? Vota com a tua consciência no projeto de imposto de renda”, disse, dirigindo-se a parlamentares.

A Câmara dos Deputados deverá colocar em votação na próxima quarta-feira (1º) o projeto de lei (PL) que isenta do IR quem ganha até R$ 5 mil. A matéria prevê também redução parcial do imposto para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350. 

O relator do projeto da anistia, Paulinho da Força, disse na última quinta-feira (24) que caso o perdão aos condenados pela tentativa de golpe de Estado não fosse votado antes do projeto tributário, a apreciação da mudança no imposto de renda estaria em risco.

“Tudo leva a crer que o texto será votado na terça. Acho, inclusive, que se não votar, não votamos IR”, disse.

Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que a mudança no IR pode ampliar de 10 milhões para 20 milhões o total de trabalhadores isentos do imposto. Já a redução parcial do imposto para quem ganha até R$ 7,3 mil deve alcançar 16 milhões de pessoas.

Atualmente, é isento do IR quem ganha até dois salários mínimos (R$ 3.036 por mês).

Apoio ao fim da escala 6×1

O ministro da Fazenda disse ainda ser favorável ao fim da escala 6 por 1, projeto que também está em discussão no Congresso Nacional.

Haddad ressaltou que as pessoas vão viver mais tempo e defendeu que elas trabalhem mais anos, porém menos dias por semana. 

“Tudo me leva a crer que o equilíbrio entre essas coisas vai exigir que a gente trabalhe mais tempo ao longo da vida, mas menos dias por semana para usufruir melhor da vida”, disse.

“A gente precisava entender uma forma de liberar tempo para as pessoas. Hoje, você com filho pequeno, está trabalhando 12 horas por dia, 14 horas por dia. Não seria melhor você trabalhar mais tempo, mas com tempo livre para você?”, acrescentou.

Agência Brasil

Restrições de Trump não impedirão acordos na saúde, diz Padilha

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou, neste sábado (27), que as restrições impostas à participação dele nas reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU) pelo presidente norte-americano, Donald Trump, podem até atrasar, mas não impedirão o Brasil de firmar parcerias na área da saúde com outros países.

“Eles até podem restringir a circulação de um ministro, mas não podem restringir a ideia. Não conseguem segurar a circulação da ideia e nem a força do Brasil na cooperação internacional com os outros países para trazer investimentos para cá”, enfatizou.

A declaração foi dada à jornalistas durante visita às obras e a inauguração de novas alas no Hospital Federal do Andaraí, localizado na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

Padilha, a esposa e a filha de 10 anos sofreram represálias por parte do governo de Trump. No mês passado, tanto a esposa quanto a filha tiveram os vistos para os EUA cancelados. O do ministro não foi cancelado porque já estava vencido desde 2024.

Este mês, por conta da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, que começou nessa terça-feira (23) e segue até este sábado, Trump suspendeu a proibição de entrada de Padilha no país, mas restringiu a circulação dele ao hotel, à sede da ONU, e a instalações médicas, em caso de emergência. A participação presencial na reunião do Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em Washington, seguiu, no entanto, restrita.

Padilha, que viajaria de Nova York a Washington nessa sexta-feira (26), para a reunião, optou por não ir

“Eu tinha reuniões marcadas em embaixadas de outros países e as restrições não permitiam que eu pudesse fazer isso. Eu ia sair de Nova York ontem para estar segunda-feira em Washington, na Assembleia da OPAS. Tudo isso foi impedido por essas restrições absurdas. Isso pode atrasar, mas não vai impedir que a gente possa firmar essas parcerias. Obviamente, o fato de não estar presente lá, essas reuniões não aconteceram presencialmente, [pode atrasar], mas elas vão acontecer aqui no Brasil ou em outros países”, garantiu.

Tarifaço

Questionado sobre os impactos do tarifaço de Trump nos preços dos medicamentos, o ministro disse que as tarifas são voltadas para a indústria exportadora brasileira.

“O impacto que essas tarifas absurdas feitas pelo presidente dos Estados Unidos gerou é para a indústria exportadora brasileira. A gente tem uma indústria na área da saúde, sobretudo da saúde bucal, de equipamentos médicos, de insumos para a saúde bucal que exportava inclusive para os Estados Unidos”.

Ele pondera, que já estão sendo tomadas medidas para mitigar esses impactos, por parte do governo federal, do Ministério da Saúde, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e com o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que possam manter os empregos, a produção e descobrir outros mercados. “Essa indústria está exportando para outros países, não tem só os Estados Unidos para exportar”, afirmou.

Sobre medicamentos, o ministro disse que as restrições incentivaram novas parcerias para a produção nacional, como da insulina, medicamento usado no tratamento de diabetes.

Padilha também destacou que as próprias empresas americanas estão buscando parcerias com o Brasil, trazendo tecnologia para o país. Ele citou como exemplo, o acordo para a produção de vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias graves em bebês, incluindo quadros de bronquiolite. 

Segundo o ministro, a vacina estará disponível no SUS a partir de novembro. 

“Essas empresas que têm sede nos Estados Unidos, nessas situações, elas investem ainda mais no Brasil, transferem a tecnologia aqui no Brasil. A gente garante a vacina da bronquiolite para o povo brasileiro com essas parcerias e vai gerando renda, empregos e tecnologia aqui no Brasil”, afirmou.

Gravidez planejada 

Durante a visita, o ministro fez uma demonstração da utilização do Implanon, implante contraceptivo, usado para prevenir a gravidez. Fácil de implantar, o medicamento custa de R$ 3 mil a R$ 5 mil em clínicas particulares.

De acordo com Padilha, o SUS irá ofertar, até o final do ano, 500 mil unidades, e 1,8 milhão até o final de 2026, de forma gratuita

“Vai ser mais uma forma das mulheres poderem organizar a sua vida, organizar a vida da sua família e a gente poder reduzir algo que é muito grave no Brasil, que é a gravidez na adolescência”, disse Padilha. 

Hospitais no Rio de Janeiro

Padilha cumpre agenda durante todo o sábado em hospitais no município do Rio de Janeiro e na Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu (RJ). Além de visitar o Hospital Federal do Andaraí, o ministro visita, em Nova Iguaçu, o Hospital Geral de Nova Iguaçu, Instituto Estadual de Oncologia da Baixada Fluminense, Rio Imagem Baixada – Centro de Diagnóstico.

No Hospital Federal do Andaraí, a visita marcou a reabertura do Centro de Tratamento de Queimados, do serviço de ortopedia e do espaço da cozinha, que estava fechado há mais de dez anos. A ação integra o Plano de Reestruturação dos Hospitais Federais, que objetiva ampliar o atendimento especializado e reduzir o tempo de espera por cirurgias na rede federal de saúde, em articulação com o programa Agora Tem Especialistas. 

O Hospital do Andaraí é mantido por investimentos federais. Ao todo, são R$ 600 milhões para recuperar a unidade federal, que está sob a gestão municipal. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, com 30% das obras concluídas, a expectativa é finalizar todas as principais obras no primeiro trimestre de 2026.

Agência Brasil

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