Zagueiro que já atuou no futebol do Iraque é uma das armas de Elísio Medrado na Inter Vale

Foto: Jacson Brasil/i75

Um rosto desconhecido estará em campo, pela Seleção de Elísio Medrado, durante a disputa da Copa Inter Vale. Weslei, conhecido no futebol como Macarrão, tem 26 anos e já acumula muita rodagem dentro das quatro linhas.

Nascido em Sete de Abril, bairro de Salvador, o zagueiro é um dos cinco atletas de fora do município que puderam ser inscritos na competição. “Eu joguei competições amadoras quando estava no começo da carreira, aos 15 anos. Depois, tive que parar porque comecei a jogar profissionalmente e não podia correr o risco de me lesionar”, explicou ao i75.

Macarrão iniciou a carreira na base do Vitória, em 2011, após uma semana sendo testado na Toca do Leão. Também passou pelo Ypiranga, de Salvador, Santo André-SP, Audax-SP, Boca Júnior-SE, Operário-MS, Fluminense de Joinville-SC e, ultimamente, esteve no futebol do Iraque defendendo o Al Diwaniya.

Pelo clube iraquiano, o jogador fez partidas na Primeira Divisão, além de excursões na Coreia do Sul e no Egito. Ficou no país pouco mais de um ano e em janeiro pediu a rescisão do contrato por causa de atrasos salariais. Embora o Iraque tenha sido palco de guerra, entre 2003 e 2011, após invasão dos Estados Unidos, Macarrão disse que hoje o ambiente está tranquilo. “Não tive problemas com segurança, graças a Deus. Lá existem as Forças de Paz que mantêm a ordem”.

Foto: Jacson Brasil/i75

Problema mesmo foi o idioma. No Al Diwaniya ele era o único brasileiro e a maioria do companheiros de clube era do Iraque. Ou seja, falavam árabe. “Eu desenrolava no inglês, principalmente com o treinador. Depois fui pegando algumas coisinhas da língua árabe e ia me virando”, contou.

A Seleção de Elísio Medrado é bicampeã da Copa Inter Vale e busca o terceiro título. Na edição deste ano, está no grupo B com Amargosa – São Miguel das Matas era o outro integrante e desistiu. Para o zagueiro Macarrão, o principal ‘ingrediente’ para a equipe ficar com o troféu é a união. “Nosso time é muito bom. Temos jogadores bastante qualificados. Temos que manter a união e a humildade para conquistarmos o título. Não vai ser fácil, mas, como disse, nosso elenco é bastante qualificado e vamos em busca desse troféu”, disse.

Além de Macarrão, a equipe de Elísio Medrado, comandada pelo técnico Osvaldo Bastos, também conta com outros ótimos jogadores, que são acostumados a disputar competições juntos. Esse é um fator preponderante para o entrosamento da equipe.

Ao i75, Robson Conceição confessa preferência por mexicano para ter revanche e dois cinturões

Foto: Divulgação/PMCA

O lutador de boxe e medalhista olímpico Robson Conceição esteve em Castro Alves, na noite de segunda-feira (14), para participar de uma rodada de conversa durante o lançamento do projeto “Cidadão Pro Mundo”, uma iniciativa da prefeitura local.

No final de janeiro deste ano, o baiano venceu o americano Xavier Martinez, por pontos, e se pôs como desafiante pelo cinturão dos superpenas do Conselho Mundial de Boxe, em data a ser confirmada. O oponente sairá da luta entre o mexicano Oscar Valdez e o americano Shakur Stevenson, dia 30 de abril.

Foto: Jacson Brasil/i75

Valdez foi quem derrotou Robson, por pontos, em setembro do ano passado, num combate bastante polêmico. Melhor durante os rounds iniciais, o brasileiro não se conformou e contestou o resultado, que apontou a vitória para o mexicano por 3 a 0 (duplo 115 a 112 e um surpreendente 117 a 110).

Ao i75, o medalhista de ouro na Olimpíada Rio 2016 confessou que quer a revanche contra Valdez. “Eu tenho preferência e quero enfrentar [Oscar] Valdez, de novo, para mostrar para ele e para o mundo que eu ganhei dele na primeira vez e ganho em qualquer lugar e em qualquer momento”, provocou.

Robson ainda explicou que na luta entre Oscar Valdez e Shakur Stevenson estarão em jogo dois cinturões: da Organização Mundial de Boxe e do Conselho Mundial de Boxe. “Em breve estarei com esses dois cinturões. Vou batalhar muito para conquistá-los”, disse.

Clientes da Vivo convivem com ‘quedas’ frequentes do sinal em Elísio Medrado; confira dados e saiba como reclamar

Foto: Reprodução

Clientes da Vivo têm vivido dias de tormento em Elísio Medrado. Há muito tempo o sinal da operadora passa por instabilidade e ‘cai’ frequentemente, deixando os usuários impossibilitados de fazer chamadas e utilizar a internet no território municipal.

O i75 entrou em contato com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para apurar como anda a prestação do serviço da Vivo em Elísio Medrado. Só em 2021, foram registradas 100 interrupções do serviço da operadora no município.

Há registros de interrupções com duração de até três horas. Dos 30 dias de novembro, por exemplo, em 12 o sinal da Vivo sumiu. Conforme dados da Anatel, a Vivo cobre 61% do território de Elísio Medrado e 83% dos imóveis e moradores.

Se voltarmos a meses anteriores, percebemos que, em abril de 2021, também houve falha no serviço em 12 dos 30 dias. Ou seja, 40% das datas tiveram queda do sinal. Em janeiro do mesmo ano, foram 11 interrupções. Só nos dias 14 e 15 daquele mês, foram oito em cada data. Os dados deste ano ainda não foram disponibilizados pela Vivo à Anatel.

A reportagem do i75 também falou com a assessoria de comunicação da Vivo cobrando uma explicação para a irregularidade do serviço prestado em Elísio Medrado. A operadora respondeu de forma superficial e evasiva. “A Vivo informa que alguns clientes podem estar encontrando dificuldades na utilização dos serviços de telefonia móvel da operadora devido a uma instabilidade na rede. Equipes já estão atuando para restabelecer o serviço o mais breve possível”, diz a curta nota da empresa. Esta foi a mesma resposta dada pela operadora à Anatel.

Em relação aos consumidores, a Anatel disse que, em casos de interrupção do serviço, a prestadora deve ressarcir o usuário.  A orientação da Anatel é que o cliente entre em contato com a operadora e registre uma reclamação, inclusive através da ouvidoria, canal que está preparado para oferecer uma análise mais criteriosa da solução adotada no caso concreto. 

Na Vivo, o consumidor pode abrir reclamação clicando aqui. Se a solicitação não for atendida conforme o cliente espera, é necessário pegar o número do protocolo de atendimento e entrar em contato com a ouvidoria pelo 0800 775 1212, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, exceto feriados.

Ainda conforme a Anatel, se as providências mencionadas não solucionarem a situação do consumidor, há possibilidade de registro de reclamação nos seus canais de atendimento, por meio do sistema Anatel Consumidor e também através de chamada telefônica no número 1331.

Bia Haddad fará final de duplas na Austrália contra campeãs olímpicas

Foto: Divulgação

A paulista Bia Haddad está a apenas uma partida de conquistar o título de duplas do Aberto da Austrália, em Melborune. Ao lado da parceira cazaque Anna Danilina, Bia assegurou vaga na final ao derrotar as japonesas Shuko Aoyama e Ena Shibahara por 2 sets a 1 (parciais de 6/4, 5/7 e 6/4) na semifinal.

Esta é a primeira vez que uma brasileira é finalista do Grand Slam australiano desde 1968, quando teve início a Era Aberta. Antes, em 1960, Maria Esther Bueno se tornou a primeira mulher do país ao faturar o torneio de duplas.

Para levantar a taça no primeiro Grand Slam da temporada, a parceria Brasil-Cazaquistão terá de superar as atuais campeãs olímpicas. As tchecas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova se classificaram à final ao ganharem com tranquilidade a outra semi, contra a dupla da belga Elise Mertens com a russa Veronika Kudermetova por 2 sets a 0 (parciais de 6/2 e 6/3).

No ano passado, Krejcikova e Siniakova foram vice-campeãs em Melbourne.

Casos de gripe aumentam e visitas são suspensas no hospital de Amargosa

Foto: Fernando Vivas/GovBA

O alto número de casos de síndromes gripais em Amargosa fez com que a prefeitura suspendesse as visitas aos pacientes internados no Hospital Municipal, a partir desta sexta-feira (07).

O aviso foi publicado nas redes sociais da prefeitura, que alega “aumento significativo de casos gripais no município e o risco de transmissibilidade”.

Não há data prevista para o retorno da visitas.

Após cheia do Rio Jiquiriçá, Ubaíra virou cenário de filme de apocalipse

Um cachorro, com lama da ponta das patas até metade da barriga, foi a primeira imagem que mais chamou a atenção ao chegarmos em Ubaíra, no Vale do Jiquiriçá, na tarde da última quarta-feira (30). A sujeira no animal traduz o que os moradores daquela cidade estão vivenciando desde que as fortes chuvas devastaram parte do lugar.

Um odor fétido, muito lixo, o silêncio e os rostos tristes da população também resumem o ‘luto’ local, embora, felizmente, a enxurrada dos últimos dias 24 e 25 não tenha causado nenhuma morte. Barulho, só das máquinas utilizadas para retirar a lama e os entulhos trazidos pela cheia do Rio Jiquiriçá, que corta o município. Ele, por sinal, ainda está com águas volumosas, e, com outra chuva forte, pode trazer mais destruição.

O comércio de Ubaíra está praticamente todo fechado. Os moradores desabrigados e desalojados, que são mais de mil, contam com doações de grupos voluntários vindos de toda parte da Bahia. A convite do amigo Álvaro Dayan, fiz parte do “Elísio Medrado Solidário”. Entre segunda-feira (27) e quarta (29), arrecadamos 450 cestas básicas; mais de 800 peças de roupas; água; materiais de limpeza e higiene pessoal, além de cobertores, camas e colchões. Parte da carga, levada em três caminhões e um ônibus, foi doada em Jiquiriçá, vizinha de Ubaíra e também vítima da fúria do rio.

O estrago maior, sem sombra de dúvidas, foi em Ubaíra, cujo nome significa “fruto de mel”, batismo dado pela tribo indígena tupi-guarani. Entretanto, o presente não é nada doce para os ubairenses. Só em uma rua da cidade, 36 casas desabaram. Cerca de 80% dos imóveis estão sem energia elétrica. Por onde passamos, vemos portões de casas e lojas contorcidos e com ramas da vegetação trazidas pelo Rio Jiquiriçá. De acordo com um morador, que preferiu não se identificar, a força da água foi tão grande que uma caminhonete foi arrastada e derrubou a marquise de uma loja, com cerca de três metros de altura.

Na mesma rua, duas funerárias foram inundadas e caixões boiaram. As urnas funerárias que restaram, estão danificadas. Mercados também foram atingidos. Em um deles, duas mulheres lavavam o que pôde salvar das mercadorias. Entre uma escovada e outra, as lágrimas molhavam os rostos de ambas. E por falar em higienização, o município ficou sem fornecimento de água potável, por parte da Embasa, já que adutoras também foram destruídas. Água tratada só chegava através das doações.

Para limpar objetos, vários moradores sentam na calçada e utilizam a água vinda de um minadouro, que escorre pelas ruas como se fosse um riacho. Em alguns trechos, o esgoto se mistura ao precioso líquido. Um prato cheio para a transmissão de doenças. Inocentes, crianças corriam sobre a água poluída.

O que não dá para ser lavado, virou lixo. São camas, colchões, travesseiros, guarda-roupas e outros objetos. Tudo fica no meio da rua, reforçando a paisagem devastadora. Uma casa, que fica na esquina próxima da ponte principal da cidade, foi atingida em cheio pela força da água. Um boneco de Papai Noel, pendurado na varanda, observava o emaranhado de ferros e capim, junto com os escombros do desabamento de parte da estrutura. Outro imóvel, localizado um pouco mais adiante, foi totalmente abaixo. Dezenas não ruíram, mas estão condenados e terão de ser demolidos.

Perto dali, passavam pessoas em busca de água para beber, e outras, que já haviam conseguido, seguravam as garrafinhas com metade do líquido, numa notável economia, em função da escassez. Enquanto os caminhões com donativos eram descarregados nos pontos de coleta, mulheres imploravam por cestas básicas e fraldas descartáveis. Entretanto, os donativos não são distribuídos nas ruas para não causar tumulto. A distribuição fica por conta da prefeitura, igrejas e organizações não-governamentais.

A destruição foi grande. Ubaíra vai precisar de tempo e muitos recursos – financeiros e humanos – para se reerguer. Até lá, toda ajuda será bem-vinda.

Você, que está lendo este texto, deve ter sentido a falta de declarações de dezenas de moradores, relatando o que passaram na véspera e no dia de Natal. Perdão, mas este repórter, antes de tudo, é ser humano. Respeitei o silêncio e entendi que, através do olhar  – deles e meu -, tudo o que eu queria saber, para relatar aqui, foi dito. Ubaíra chora! Em silêncio, mas chora.

Empresa esclarece diminuição no ritmo da recuperação da BA-120, em Elísio Medrado

Foto: Jacson Brasil/i75

A diminuição no ritmo da obra de recuperação da BA-120, no sub-trecho Elísio Medrado / Entroncamento com a BA-026, foi ocasionada pelas recorrentes chuvas. Foi essa a justificativa passada ao i75, nesta quarta-feira (22), pela Cerqueira Correia, empresa vencedora da licitação para recuperação dos 7,1 quilômetros.

O encarregado geral da obra, Geovane Brandão, disse que a chuva tem atrapalhado muito o andamento do serviço. “Com a chuva, não tem como trabalhar, por causa de acidentes. Agora mesmo iniciamos a parte de drenagem e fica impossível fazer isso com a chuva”, disse.

Outro fator abordado por Geovane, que, segundo ele, atrapalha o desenvolvimento do trabalho, é o fluxo de veículos na rodovia. “Aqui passa muitos caminhões, ônibus escolares e carros de passeio. Isso acaba atrapalhando também”. A via é a única ligação, pavimentada e com trajeto mais curto, para os motoristas que vão a Amargosa, São Miguel das Matas, Varzedo e Santo Antônio de Jesus.

A reportagem também entrou em contato com a Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra), para entender o que está ocorrendo com o ritmo de recuperação da BA-120. A pasta também alegou o período chuvoso e informou que “os serviços em 7,1 km estão em andamento e se encontram com 10% de execução”.

Ainda segundo a Seinfra, “atualmente, a pavimentação, a limpeza da pista, o melhoramento da drenagem e a implantação de bueiros são as ações em andamento na rodovia”.

A Cerqueira Correia já iniciou a pavimentação asfáltica na zona urbana de Elísio Medrado, contudo o serviço também foi paralisado e as máquinas utilizadas estão estacionadas.

Desistência

O encarregado Geovane Brandão também esclareceu o boato de que a Cerqueira Correia iria desistir da obra. “Não existe essa possibilidade. Estamos trabalhando com toda a equipe e com a carga horária normal. Não houve diminuição. O que pode ocorrer é o prazo para conclusão se estender por causa da chuva”, explicou.

A requalificação do trecho de 7,1 quilômetros tem prazo para ser concluída em seis meses, ou seja, abril de 2022. A obra está orçada em R$ 4,5 milhões.

Pavimentação asfáltica na zona urbana foi paralisada – Foto: Jacson Brasil/i75

Verão chega com chuva e temperatura amena em Elísio Medrado

Foto: Jacson Brasil/i75

O verão começou no início da tarde desta terça-feira (21) em todo o Hemisfério Sul. E os moradores de Elísio Medrado que esperavam muito sol e calor com a chegada da nova estação se surpreenderam com a chuva que atingiu o município.

A precipitação também trouxe consigo uma temperatura mais amena. Por volta das 17h30 os termômetros marcavam 23 graus, característica bem típica do inverno e da primavera. Entretanto, a tendência é que a temperatura ultrapasse os 30 graus nos meses de janeiro e fevereiro.

Vem mais chuva por aí, embora a faixa leste da Bahia, onde está Elísio Medrado, não terá grande acumulado, pois isso já é uma característica desta época do ano.

“No Recôncavo e Vale do Jiquiriçá não é comum tempestades nesse período. Agora é o período chuvoso das regiões Oeste, Sudoeste e Sul. No nosso estado dizemos que a chuva vem pela diagonal. Essa parte do Litoral Norte, Salvador, Recôncavo e Nordeste do estado, elas só são atingidas quando os sistemas meteorológicos são mais intensos”, explicou ao i75 a meteorologista Cláudia Valéria, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Próximos dias

De acordo com o Inmet, os próximos dias serão de chuva com com trovoadas em Elísio Medrado. Entre esta quarta-feira (22) e sábado (25) o tempo fica instável, com maior probabilidade de chuva mais intensa no dia de Natal (25).

Concurso do IBGE oferece nove vagas para Elísio Medrado; salário é de até R$ 2.100

O concurso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que vai selecionar profissionais para atuarem no Censo 2022, segue com as inscrições abertas até o próximo dia 29. Há nove vagas para o município de Elísio Medrado.

Uma das oportunidades é para Agente Censitário Municipal, com remuneração de R$ 2.100 e 40 horas de trabalho por semana. A vaga exige ensino médio e a taxa de inscrição é de R$ 60,50.

Oito vagas são para Recenseador, com exigência de ensino fundamental. A remuneração é por produção. O candidato deverá escolher a área de trabalho e em qual cidade realizará a prova. A taxa para participar da seleção é de R$ 57,50. A previsão é que os aprovados trabalhem por até três meses na coleta domiciliar.

Como os recenseadores são remunerados por produtividade, o IBGE preparou um simulador online, que calcula quanto o profissional vai receber de acordo com a quantidade de residências visitadas e pessoas recenseadas. A jornada de trabalho recomendável para os recenseadores é de, no mínimo, 25 horas semanais.

Para estimar a remuneração, basta informar o município e a quantidade de horas que pretende dedicar ao trabalho.

As inscrições para recenseador e agentes censitários podem ser feitas no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV). As provas para todas as funções serão aplicadas no dia 27 de março de 2022.

Gripe aumenta número de pacientes no hospital de Elísio Medrado; saiba como se proteger

Um surto de gripe tem assolado algumas cidades do Brasil e em Elísio Medrado a situação não é diferente. São casos, predominantemente, do vírus Influenza H3N2, que está circulando de maneira mais intensa desde o final de novembro. Nos últimos dias, aumentou a demanda do Hospital Maria Lapa Bittencourt por causa da alta procura por atendimento de pessoas com sintomas gripais.

Nas próximas horas, a Secretaria de Saúde do município deve ampliar a vacinação contra a gripe para todas as pessoas acima dos seis meses de vida. O imunizante protege contra o Influenza H1N1 e H3N2.

A Secretaria de Saúde não forneceu números, por causa da indisponibilidade de sistema. Entretanto, a secretária Edilane Holanda informou que muitos pacientes têm procurado a unidade de saúde por medo de que estejam contaminados com o coronavírus. “Como os sintomas são parecidos [os da gripe e da covid-19], a maioria foi triado como covid-19. Mas foram feitos testes que descartaram a possibilidade de covid-19. Realmente os casos são de gripe”, explicou Edilane ao i75.

Existem casos em que a pessoa não procura o médico e faz o tratamento em casa, com chás e medicamentos que tratam a febre e a dor. Entretanto, os especialistas não recomendam essa atitude porque estamos em uma pandemia de covid-19 e todo quadro de doença respiratória é suspeito. É necessário que a pessoa procure atendimento médico para que seja feito o teste que detecta o coronavírus.

O vírus Influenza, causador da doença, tem uma característica sazonal: ele circula durante o ano todo, nas diversas regiões do mundo, com predomínio nos meses do outono e inverno.

O aumento dos casos durante o mês de dezembro no Brasil é um fenômeno incomum, que pode estar associado à baixa cobertura vacinal contra a gripe, à flexibilização das medidas de restrição adotadas como prevenção à Covid-19 e ao relaxamento da etiqueta respiratória, que inclui o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social.

“As campanhas foram centralizadas para a vacinação contra a Covid-19. Tivemos as campanhas de influenza, mas a adesão à vacina da gripe foi pequena. Quando há uma baixa adesão, também há um nível mais baixo de proteção”, afirma o médico infectologista Álvaro Furtado, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

Diferentes tipos do vírus da gripe

Existem quatro tipos de vírus Influenza: A, B, C e D – os dois primeiros são responsáveis por epidemias sazonais em várias regiões do mundo, com circulação predominantemente no inverno e, o terceiro, causador de infecções mais brandas. Já o vírus influenza D, identificado em 2011 e isolado nos Estados Unidos em suínos e bovinos, não é conhecido por infectar ou causar a doença em humanos.

O tipo A é classificado em subtipos, como o A(H1N1) e o A(H3N2). Os nomes das cepas são definidos pelas proteínas essenciais para a capacidade de infecção do vírus Influenza, a hemaglutinina (H) e a neuraminidase (N).

Existem pelo menos 18 subtipos de hemaglutininas e 11 subtipos de neuraminidases descritos pela ciência. O vírus A (H3N2), por exemplo, que tem circulado com maior predominância no Brasil em 2021, contém hemaglutinina subtipo 3 e neuraminidase subtipo 2.

Como se proteger

  • Mantenha a utilização de máscaras;
  • Higienize as mãos com água e sabão com frequência;
  • Utilize álcool gel quando estiver na rua;
  • Mantenha os ambientes ventilados;
  • Evite tocar os olhos e a boca constantemente;
  • Evite aglomerações e locais fechados, quando possível;
  • Busque a vacinação contra a Covid-19 e contra a gripe.
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