A cobertura da feira de Elísio Medrado, localizada na Praça Gil Procônio Lapa, receberá o nome Centro de Abastecimento Manoel Figueiredo Andrade. O equipamento passou por reforma e deve ser inaugurado nos próximos dias.
Antes, o espaço, construído há mais de 20 anos, homenageava o ex-governador da Bahia César Borges. O Projeto de Lei que determina a alteração é de autoria do Poder Executivo e foi aprovado, por unanimidade, pelos vereadores presentes na sessão extraordinária da Câmara, nesta quinta-feira (16).
Manoel, mais conhecido como Manu, foi comerciante no município e vereador por quatro mandatos. Ele, que faleceu em fevereiro deste ano, é irmão do ex-prefeito de Elísio Medrado e ex-deputado estadual Aloísio Andrade.
Para seu filho, Manoel Andrade Filho, o Nel de Manu, a homenagem é motivo de muito orgulho. “Fico muito agradecido ao prefeito Linsmar Moura pela homenagem. É uma emoção e gratidão muito grandes. Meu pai foi um grande comerciante do nosso município e teve uma vida pública que orgulha a toda família”, disse Nel ao i75.
Jotinha
A outra cobertura que compõe a feira livre de Elísio Medrado e está localizada na Praça Salvador Andrade foi inaugurada em outubro e recebeu o nome de outro ilustre filho do município: José Luiz Almeida da Silva, o Jotinha, que morreu em 2020.
Foram 12 dias. Exatamente 288 horas. Os quatro medradenses que partiram de Elísio Medrado rumo a Bom Jesus da Lapa, no Vale do São Francisco baiano, chegaram nesta terça-feira (14) ao destino montados em seus cavalos.
Fazem parte da comitiva Cristiano Moura; Tertuliano Cruz, conhecido como Dico; sua esposa, Karine Santana, e Romildo Souza. Eles deixaram Elísio Medrado no último dia 2. Na estrada, enfrentaram sol e chuva, além do desgaste dos animais.
O prefeito de Elísio Medrado, Linsmar Moura, irmão de Cristiano, foi ao encontro do quarteto para recebê-los em Bom Jesus da Lapa. O pároco do município, padre Gilton Abreu, o acompanhou na viagem.
Um dos sonhos de Ailton Júnior, de seis anos, era conhecer Mano Walter. No último sábado (11), ele teve o desejo realizado antes de o cantor subir ao palco da Jegada, em Elísio Medrado.
O garoto teve o acesso ao camarim com a ajuda da produção da Jegada. Júnior, como é chamado, ficou muito emocionado ao ficar cara a cara com o cantor alagoano.
Ele ganhou autógrafos nas diversas fotos do artista que levou e também na camisa que usava com a imagem de Mano Walter. “Bom demais receber o carinho das crianças. Que Deus continue abençoando ele e que todos os sonhos desse menino se realizem”, disse Mano Walter.
Além de emocionado, Júnior também ficou tímido durante o encontro. Seu pai, Ailton Pereira, comemorou a oportunidade que o filho teve. “É tudo no tempo de Deus. Vou até o fim do mundo para ver meu filho bem e feliz”.
Ailton Júnior é fã de carteirinha de Mano Walter. Em 2020, sua festa de aniversário de cinco anos teve como decoração fotografias do cantor.
Após sua apresentação na 17ª edição da Jegada, em Elísio Medrado, no último sábado (11), o cantor Thiago Aquino disse ao i75 que pode voltar à cidade com seu novo projeto, “Thiago Aquino Exclusive”.
“Em breve tem novidades. Para a gente fazer um show mais demorado. A gente vai ver a possibilidade de trazer o ‘Thiago Aquino Exclusive’, que são três horas de show”, disse o cantor.
Thiago Aquino foi a segunda atração a subir no Palco Sunset da Jegada. Apesar de um pouco de chuva durante a sua apresentação, o público não deixou de curtir o feirense, que elogiou a estrutura do evento. “Estrutura top demais. Coisa de primeira linha. A Jegada está de parabéns”.
Após Elísio Medrado, Thiago Aquino fez outros dois shows: Salvador e Feira de Santana.
Dan Ventura, ex-Novo Tom, faz sucesso no Tik Tok – Foto: Divulgação
A Jegada, no dia 11 de dezembro, trará para Elísio Medrado atrações conhecidas nacionalmente, a exemplo de Mano Walter e Harmonia do Samba. No entanto, não é recente a história de shows, no município, com artistas que estavam no auge quando pisaram por aqui. Se você tem mais de 35 anos, certamente conhece Robério e Seus Teclados. E Novo Tom? Acrescente à lista, Márcio Moreno.
Para você, que é mais jovem, vamos explicar. Os dois cantores e a banda citados acima reuniam multidões por onde passavam, nos anos 2000. Para efeito de comparação, hoje, certamente, atrairiam um público que Thiago Aquino agrega por onde passa. Em seus shows, em Elísio Medrado, esses artistas fizeram a alegria de um grande público.
Era setembro de 2000 quando o candidato a prefeito Aloísio Andrade surpreendeu à população ao anunciar um showmício (que era permitido pelo Tribunal Regional Eleitoral) com uma das maiores representantes do arrocha à época: a banda Novo Tom. Sem cards, nem redes sociais, o aviso foi dado no carro de som. “Haverá ônibus para todas as localidades”, informava a gravação. O evento lotou e o show de Dan Ventura e companhia ficou na memória de quem esteve ali. Não estranhou o nome Dan Ventura? Pois é! É ele mesmo, o intérprete de “Passinho Debochado”, que viralizou nos vídeos do Tik Tok.
Aloísio Andrade foi eleito, e, no seu primeiro São João, em 2001, contratou o “Rei do Arrocha”, Márcio Moreno, que percorria toda a Bahia e outras cidades do Nordeste reunindo multidões. Em outra festa Junina, veio Aduílio Mendes, ex-Mastruz com Leite. Já num aniversário da cidade o gestor apostou no badalado Canindé.
Talvez nenhum deles movimentou a cidade como Robério e Seus Teclados. O baiano de Prado cortava norte a sul do nosso estado com seu teclado. No repertório, um forró bem eletrônico, que tocava em todos os bares e barracas de cd’s nas feiras da época. Um dos sucessos era a música “Linda”, versão da canção “Wind of Change”, de Scorpions.
Robério foi um dos primeiros renomados a se apresentar em Elísio – Foto: Divulgação
O sucesso lhe rendeu muitas apresentações em casas de shows de São Paulo. No embalo da popularidade do homem do chapéu, o funcionário público José Lapa, mais conhecido como Dégo, dono da Rádio Paraíso FM, em Elísio Medrado, na ocasião, aceitou a proposta do empresário de Robério e montou uma festa na cobertura em frente à prefeitura.
A Jegada, mesmo que de forma tímida, no que se refere a atrações, já era realizada nessa época. Entretanto, com o aumento do público, Álvaro Dayan também resolveu trazer atrações de peso para compor a grade da festa. A primeira foi a banda Torres da Lapa, em 2014. Depois, tivemos Tayrone, Léo Santana, Parangolé, Unha Pintada e muitos outros.
Foi também com uma festa privada, na Fazenda Vale do Sol, em 2014, que Andréa Andrade e Pedro Henrique Sandes apresentaram, pela primeira vez no território medradense, o cantor Tayrone, que ainda utilizava o Cigano no nome artístico, foi a principal atração do Maria Chiquinha. Em 2015, vieram as bandas Vingadora e Asas Livres.
Tayrone se apresentou aqui pela primeira vez em 2014 – Foto: Divulgação
De lá pra cá, já passaram por aqui Thullio Milionário, França (ex-Mastruz com Leite), Chambinho do Acordeon, Cangaia de Jegue, Seu Maxixe, Bonde do Forró, Arreio de Ouro, Caviar com Rapadura e outros.
Quatro medradenses resolveram testar seus limites e decidiram ir até o Santuário de Bom Jesus da Lapa, no Vale do São Francisco, montados em cavalos. O grupo saiu de Elísio Medrado na madrugada desta quinta-feira (02). A distância entre as cidades é de 589 quilômetros, indo de carro.
De acordo com um dos organizadores da viagem, Cristiano Moura, ele fez uma promessa e decidiu cumprir agora. Além dele, estão na comitiva Tertuliano Cruz, conhecido como Dico; sua esposa, Karine Santana, e Romildo Souza. Antes de pegar a estrada, o quarteto fez um momento de oração, na igreja matriz de Elísio Medrado. Depois, eles seguiram acompanhados pelo ônibus que faz a Jegada Móvel, pilotado por Sandro Pancadão.
Um carro de apoio, com água, alimentos e outros itens segue com o grupo. Cada pessoa levou três cavalos, em um caminhão, para fazer o revezamento dos animais durante o longo percurso. A viagem, de ida e volta, está prevista para durar 20 dias.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A primeira parada dos aventureiros aconteceu em Nova Itarana. Segundo Cristiano, tudo ocorreu bem nesses primeiros 84 quilômetros.
De acordo com médicos veterinários, cavalos geralmente conseguem viajar de 32 a 50 quilômetros em um dia. Um animal carregando bagagem pesada ou meio fora de forma pode cobrir menos que 32 quilômetros diários. Eles conseguem galopar a velocidades de 48 a 64 quilômetros por hora, mas não conseguem mantê-las por muito tempo. A maioria anda a meio galope de 16 a 27 quilômetros por hora, trotam de 13 a 16 quilômetros por hora e andam de 5 a 6,5 quilômetros por hora.
Há tempos que a população de Elísio Medrado clama por uma agência bancária na cidade. Seja um comerciante ou um aposentado, a maioria se queixa por ter que se dirigir a outras cidades para realizar operações financeiras.
Na sessão da Câmara de Vereadores, na última quinta-feira (25), a presidente da casa, Gerolene Maia (PSD), e o vereador Neu de Manu (PTC), falaram sobre o assunto. De acordo com eles, é inadmissível que Elísio Medrado não disponha de um banco, o que prejudica o crescimento da economia.
“Precisamos de uma agência bancária. Se preciso, vamos a Brasília cobrar de algum deputado ou senador. Vamos nos unir para conseguir”, disse Neu.
Após a fala do colega, Gerolene endossou o pedido. “Todas as cidades da região tem uma agência bancária e só Elísio que não tem. A cidade está avançando e precisamos de um banco”, discursou.
Atualmente, a cidade conta com dois correspondentes bancários do Bradesco e outro do Banco do Brasil. Além disso, há uma casa lotérica e um posto de atendimento do Bradesco, que não realiza saques, nem pagamentos e depósitos. Nos primeiros dias de cada mês, quando o movimento é maior, sacar dinheiro se torna uma tarefa difícil, pois faltam cédulas.
A última agência bancária que Elísio Medrado teve, que realizava todas as operações, foi a do Bradesco, na Rua 15 de Novembro, desativada há cerca de 20 anos. Depois, a Caixa e o próprio Bradesco instalaram caixas eletrônicos, que foram explodidos por bandidos. Os equipamentos jamais foram substituídos.
Agências fechadas
De acordo com dados do Banco Central, existem 873 agências bancárias na Bahia. No estado, só entre janeiro e maio deste ano, o Banco do Brasil fechou 26 agências.
Por meio de nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que “a decisão de abrir ou fechar um posto de atendimento é tomada pelos bancos, individualmente, com base na respectiva estratégia de negócio”.
Falta pouco para Elísio Medrado ser ‘invadida’ por milhares de pessoas de cidades circunvizinhas, que se juntam à população local na maior festa da região: a Jegada. Nesta edição, o evento traz como principal atração o cantor alagoano Mano Walter, um dos artistas mais ouvidos do Brasil e dono de muitas apresentações anuais pelo país. Antes de entrar no avião para embarcar rumo a mais um show, ele bateu um rápido papo com o repórter Jacson Brasil. Nesta entrevista exclusiva, Mano Walter fala sobre a expectativa de se apresentar pela primeira vez em Elísio Medrado; pandemia; retorno aos palcos; e a relação com a esposa, Débora, e o filho José, de um ano.
i75 – Elísio Medrado é uma cidade de nove mil habitantes e a Jegada reúne pessoas de todo o Recôncavo baiano. Pelo que percebemos do público, seu show é um dos mais aguardados. Essa expectativa já é algo natural para você ou cada cidade guarda suas peculiaridades?
Mano Walter – É uma alegria de ver que sou referência para públicos de todas as idades, isso sempre me deixa muito feliz e honrado. Agradeço ao carinho de todos. Em cada lugar que passamos, vivenciamos parte da nossa história. Espero escrever um lindo capítulo aí em Elísio Medrado.
i75 – Como será seu repertório para a Jegada? Será o mesmo da atual turnê ou vai preparar algo diferente?
MW – O que eu posso dizer é para o público ficar preparado e animado, porque será uma retomada emocionante. Preparem as pernas para dançarem muito e a garganta para cantarem comigo.
i75 – No interior do nordeste há os amantes das vaquejadas e cavalgadas. Aqui, em Elísio Medrado, não é diferente. No repertório para a Jegada vai ter aquelas músicas apreciadas por esse público?
MW – Claro! Eu sempre penso em um repertório completo para todos se divertirem e aproveitarem o meu show. Então, segure aí: ‘ô mulher você é linda, és a linda das mais lindas, igual a você não tem…’
i75 – Para o artista, há diferença entre os shows nas grandes e nas pequenas cidades, como é o caso de Elísio Medrado?
MW – Sou grato por tudo que os fãs me proporcionam nos shows, independente do local ou quantidade de público. Cada lugar é uma experiência única!
i75 – Como foi o período sem shows, durante a pandemia do coronavírus? O que você costumava fazer?
MW – Foi um período complicado, não só para quem vive da música, mas, também, para quem vive de outras manifestações artísticas e culturais. Eu fiquei bastante com a minha família. Graças a Deus nossa relação é próxima, tranquila e feliz.
i75 – Dá para tirar algo de positivo do período em que ficou em casa, sem fazer shows?
MW – Foi ruim esta parada? Foi! Mas sou uma pessoa de muita fé e tento ver o lado positivo de todas as coisas. Imagine na rotina de shows se eu conseguiria acompanhar tão de perto o crescimento do meu filho? Nunca! A rotina é muito puxada e ficamos dias e dias longe da família. Na idade dele, cada dia é uma descoberta e pude acompanhar. Isso foi um verdadeiro presente de Deus. A Débora sempre foi muito companheira, e, neste período, nos vimos mais próximos ainda, como casal, como pessoas, como pais e, principalmente, como amigos de vida.
Foto: Reprodução/Instagram
i75 – O que foi mais difícil para você durante a pandemia?
MW – A pandemia me fez refletir o quanto é importante saber dosar as coisas, nem tanto lá e nem tanto cá. Com tudo isso, tenho certeza que vou conseguir um ponto de equilíbrio para que eu possa dar o meu melhor como marido e pai, e, também, na minha profissão. O equilíbrio foi minha grande lição.
i75 – Onde serão seus próximos shows aqui na Bahia?
MW – Estamos voltando agora com a rotina de shows. Vocês podem esperar muita coisa boa na Bahia! Acompanhem lá nas minhas redes [sociais] pra saber tudo e não perder a oportunidade.
i75 – Para finalizar, deixe uma mensagem para todos que vão curtir a Jegada.
MW – Meu povo lindo de Elísio Medrado e toda a região, não vejo a hora de estar nessa linda festa com vocês. Falta pouco para vivermos essa emoção! O vaqueiro está chegando! É show, papai!
A temporada de chuvas acompanhadas de raios e trovões chegou e, com ela, a preocupação de muita gente que têm medo das descargas elétricas. No entanto, para quem mora em Elísio Medrado, não há motivo para tanto pânico. Isso porque o município é o terceiro onde há menos ocorrência de descargas elétricas, dentre os 20 que compõem o Vale do Jiquiriçá.
De acordo com o Grupo de Eletricidade Atmosférica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (ELAT/INPE), por ano, 0,73 raio atinge o território de Elísio Medrado, por quilômetro quadrado, o que equivale a 141 descargas anuais. O município ocupa a 18ª posição no ranking dos 20 territórios do Vale do Jiquiriçá, à frente apenas de Cravolândia (0,67 raio por km²) e Milagres (0,65 raio por km²). O primeiro lugar da lista fica com Itiruçu, que recebe 1,83 descarga elétrica, por ano, para cada quilômetro quadrado da sua área territorial. Abaixo, você pode conferir os dados dos 20 municípios do Vale do Jiquiriçá.
Na Bahia, o topo da lista é ocupado por Cocos, cidade localizada no oeste. Lá, 6,02 raios caem, anualmente, em cada quilômetro quadrado, o que dá uma média de 17.200 descargas. Coincidentemente, os dez municípios que atraem mais raios em nosso estado ficam localizados na região oeste. “No interior do estado as temperaturas são mais elevadas. Temos longos períodos sem a ocorrência de chuvas e quando a umidade chega à região acaba trazendo, além da chuva, nuvens que têm uma grande quantidade de energia e acabam provocando descargas elétricas. Quanto maior a distância do litoral, mais chances de ocorrência de raios”, explicou ao “i75” a meteorologista do INPE, Cláudia Valéria.
Mesmo com a baixa incidência, alguns moradores de Elísio Medrado passaram por alguns sustos durante o temporal do último dia 4 de novembro. Um raio atingiu um coqueiro e parte do telhado de uma casa, no Centro da cidade. Na Rua Santo Antônio, um fio de alta tensão se partiu e colocou em risco os pedestres. As descargas elétricas também atingiram árvores na zona rural. Felizmente, em todas as ocorrências, não houve feridos.
Todos os anos, 78 milhões de raios atingem o Brasil. Em 2019, 67 pessoas perderam a vida ao serem atingidas pela descarga elétrica. Vinte e seis por cento dos óbitos foram registrados na zona rural e 66% das vítimas estavam desempenhando alguma atividade ligada à agropecuária, segundo o ELAT/INPE. De cada 50 mortes no mundo em decorrência dessa atividade da natureza, uma ocorre em nosso país.
O que é o raio?
Raio é o nome designado para um relâmpago que atinge o solo. Os relâmpagos são descargas atmosféricas de grande intensidade que ocorrem dentro das nuvens de tempestade – também conhecidas como nuvens Cumulonimbus – a partir de cargas elétricas provocadas pelo atrito entre partículas de gelo. A intensidade típica de um raio é de 20 mil ampères, cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico. O trovão, por sua vez, é o barulho produzido pelo deslocamento do ar na região da atmosfera onde a corrente elétrica do raio circula.
Como se proteger
Durante uma tempestade, se estiver fora de casa, procure um local seguro para se abrigar. Evite ficar embaixo de árvores e ao lado de cercas de arame. Dentro de um imóvel, não utilize equipamentos elétricos ligados à tomada. Não fique perto de janelas e portas metálicas, e, também, da rede hidráulica (torneiras e canos).
Para-raios
O para-raios tem como objetivo proteger a estrutura das edificações. Quando um raio atinge o sistema de proteção, instalado na maioria dos prédios comerciais e residências, são induzidas correntes elétricas por toda a fiação, o que oferece risco aos seus ocupantes. Portanto, a recomendação de evitar contato com as redes elétrica e telefônica durante uma tempestade também vale para edifícios com para-raios.
Aos poucos a Bahia vai retomando a fama de terra mais festeira do Brasil. Com a ampliação da vacinação contra o coronavírus, eventos vão sendo realizados em todo o estado e, felizmente, o número de infectados após as festas não está aumentando, conforme dados das secretarias municipais de saúde. A ocupação dos leitos hospitalares também tem se mantido em estabilidade.
Na quarta-feira (10), o governador do estado, Rui Costa, liberou eventos para até três mil pessoas. A decisão partiu após a estabilização de casos de covid e também a ampliação da vacinação. Em Salvador, por exemplo, houve redução de 87% no número de óbitos, entre julho e outubro, e de 75% entre setembro e outubro.
À medida que ocorre a ampliação de participantes dos eventos, produtores vivem a expectativa de que a normalidade seja logo reestabelecida. O município de Elísio Medrado, por exemplo, será palco da tradicional Jegada, no dia 11 de dezembro. “A Jegada é um evento de grandes proporções e está na contramão do que se vê nos municípios vizinhos. Nós apresentamos, para a Polícia Militar, um plano de contingência e o protocolo sanitário de realização da festa. Desde o início, quando lançamos o evento, estamos dispostos a cumprir os requisitos dos decretos e as exigências da vigilância sanitária”, explica Dayan Santos, diretor da Jegada Produções.
Um dos primeiros shows das regiões do Recôncavo e Vale do Jiquiriçá, após decreto estadual liberando público para até 1.200 pessoas, foi o de Thiago Aquino, em Santa Teresinha, dia 3 de outubro. Os dias que sucederam o evento não foram marcados pelo aumento dos casos de infectados pelo coronavírus, na cidade, conforme boletins divulgados pela secretaria municipal de saúde. Até quinta-feira (11), o município ostentava a marca de 35 dias sem casos ativos da doença.
O mesmo artista também se apresentou em Santo Antônio de Jesus, duas semanas depois, e reuniu um público estimado em três mil pessoas. Lá, o número de casos também se manteve em estabilidade durante, pelo menos, 14 dias posteriores. “Naquela época, a vigilância sanitária não se opôs ao evento. No último final de semana, vimos Mutuípe e Muniz Ferreira com grandes eventos e Jaguaquara, também. A gente tem acompanhado. A esperança é que a Jegada seja feita dentro das suas proporções naturais e da sua magnitude”, diz Dayan.
O infectologista e professor da Escola Bahiana de Medicina, Robson Reis, também não vê problema na retomada dos eventos. “Se formos analisar, de forma isolada, o momento referente à curva de transmissão, o quantitativo de leitos hospitalares – de enfermaria ou UTI -, ocupados por pacientes com covid, e a média móvel, esse momento já nos permite ampliar o público. As partes mental e social, durante a pandemia, foram bastante prejudicadas. Já é o momento que a gente pode evoluir. Você pode ir para um estádio de futebol, para um show, teatro, cinema”, explica, ao “i75”, o médico.
O boletim desta terça-feira (16), divulgado pela Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab), registrou 2.671 casos ativos de covid. A população da Bahia está estimada em 15 milhões. Portanto, 0,016% dos baianos estão com o vírus. Os leitos de UTI para doentes com o coronavírus estavam com 35% de ocupação.
Na Bahia, 98% do público-alvo, que abrange a idade a partir de 12 anos, já receberam a primeira dose ou dose única da vacina contra a covid. Oitenta e três por cento já foram totalmente imunizadas. Em Elísio Medrado, 98% do público-alvo também já receberam, pelo menos, uma dose. Os totalmente imunizados representam 84%. “Toda vacina tem uma eficácia bem alta em relação a você contrair a doença e tem uma eficácia maior ainda para evitar que as pessoas evoluam para a forma grave. Embora não seja uma eficácia de 100%, nos protegem muito”, explica doutor Robson Reis.
