Estados Unidos planeja acabar com o Pix no Brasil? Entenda

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil, se tornou o centro de uma disputa internacional. O governo dos Estados Unidos abriu uma investigação formal contra o país, acusando o modelo brasileiro de ferir a competitividade de empresas americanas que atuam nos setores de pagamentos digitais e comércio eletrônico.

A investigação foi anunciada nesta terça-feira (15) pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) e prevê uma audiência pública em setembro. No relatório divulgado, o órgão norte-americano alega que o Pix teria sido estruturado de forma a favorecer serviços locais, criando barreiras informais à entrada e operação de soluções estrangeiras.

A crítica principal gira em torno do fato de o Pix ser operado diretamente pelo Banco Central, com adesão obrigatória e gratuita para instituições financeiras. Nos EUA, por exemplo, o sistema mais semelhante é o Zelle — uma plataforma privada, utilizada apenas por bancos específicos, com cobertura limitada. Para os americanos, isso configura um ambiente de concorrência desigual.

Desde sua criação, em novembro de 2020, o Pix transformou o cenário dos pagamentos no Brasil. Com mais de 170 milhões de usuários cadastrados, tornou-se o principal meio de transferência de dinheiro no país, superando TEDs, DOCs e até cartões em volume de operações. O crescimento meteórico vem preocupando grandes bandeiras de cartões, como Visa e Mastercard, que têm perdido espaço especialmente entre pequenos comércios e consumidores de baixa renda.

Ainda assim, os cartões continuam relevantes. No primeiro trimestre de 2024, o Pix respondeu por 47% de todas as transações eletrônicas e teve alta de 52% no volume de operações. Já os cartões de crédito registraram crescimento de 11%, os pré-pagos avançaram 19,2% e os cartões de débito cresceram 2,5%. Os números, divulgados pelo Banco Central, mostram que os modelos ainda coexistem, mas a tendência é de fortalecimento do sistema brasileiro.

O relatório do USTR também menciona que as regras impostas pelo Brasil criam “riscos operacionais elevados” e diminuem os retornos dos investimentos feitos por empresas estrangeiras no setor. O incômodo cresceu após o lançamento de novos recursos do Pix, como o Pix Automático, voltado para pagamentos recorrentes, lançado em junho deste ano — uma funcionalidade semelhante ao débito automático, mas sem intermediação de bandeiras ou operadoras.

Congresso reage a tarifa dos EUA e reforça apoio ao governo na defesa da soberania nacional

Divulgação/Instagram

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), afirmou nesta quarta-feira (16) que o Congresso Nacional está unido na defesa dos interesses do Brasil diante da decisão dos Estados Unidos de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto.

Segundo Alcolumbre, a medida norte-americana representa uma “agressão” ao país e exige uma resposta firme do Parlamento, em parceria com o governo federal. Ele destacou que o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda o Ministério da Indústria e Comércio, foi corretamente escolhido pelo presidente Lula para liderar as negociações com os EUA.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), também reforçou o clima de unidade entre os poderes e lembrou a recente aprovação da Lei da Reciprocidade, que autoriza o Brasil a adotar medidas contra barreiras comerciais impostas por outros países. A lei foi regulamentada nesta semana pelo presidente Lula.

Os líderes garantiram que o Legislativo está pronto para agir com rapidez e apoiar qualquer medida do Executivo que vise proteger a soberania nacional, os empregos e a indústria brasileira.

*Com informações da Agência Brasil

Governo lança plataforma que informa se celular foi furtado ou roubado; veja como consultar

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou nesta segunda-feira (14) o Cadastro Nacional de Celulares com Restrição (CNCR), que passa a integrar, em uma única base, informações sobre aparelhos com registro de roubo, furto ou extravio.

A nova ferramenta consolida dados do programa Celular Seguro, permitindo que qualquer cidadão verifique, antes da compra, se o aparelho possui algum tipo de restrição, principalmente no caso de celular de segunda mão.

“O cidadão tem o direito de saber se o celular que está comprando é roubado ou não. O cadastro é uma garantia ao cidadão. Com ele, a ferramenta Celular Seguro segue oferecendo mais segurança aos brasileiros na hora de adquirir um bem tão essencial na vida cotidiana como é o telefone móvel nos dias de hoje”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a ação fortalece a prevenção à receptação de celulares roubados e amplia o combate à criminalidade, além de contribuir para proteger o consumidor no momento da aquisição de um novo telefone.

O novo cadastro conta com o banco de dados do programa Celular Seguro, que já possui com mais de 2,6 milhões de usuários inscritos, e a base global da Anatel.

“Essa é uma ação que vai além da recuperação de um celular roubado ou furtado. É uma ação de prevenção que protege o cliente antes mesmo de ele adquirir o telefone”, destaca o presidente da Anatel, Carlos Baigorri.

Disponível no aplicativo Celular Seguro, para Android e iOS, o sistema exige apenas o número do IMEI (identificação única do aparelho) para consulta. A busca pode ser feita manualmente ou por leitura do código de barras diretamente na tela do celular.

Como consultar
Saiba como consultar se um celular possui alguma restrição:

Baixe o app Celular Seguro (disponível para Android e iOS);
na tela inicial, selecione Celulares com Restrição;
digite o número do IMEI (composto por 15 algarismo) ou use a câmera para ler o código de barras;
para visualizar o IMEI no celular a ser consultado, digite *#06# no teclado de chamadas.
Se não houver nenhum impedimento, a tela confirmará que o aparelho está liberado para uso.

PGR pede condenação de Bolsonaro e penas podem chegar a 43 anos de prisão

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (14), ao Supremo Tribunal Federal (STF), a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista.

A manifestação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes, por volta das 23h45, e faz parte das alegações finais, a última fase antes do julgamento dos acusados, que deve ocorrer em setembro deste ano.

Caso Bolsonaro seja condenado, as penas podem chegar a 43 anos de reclusão, segundo a legislação. Se o ex-presidente for condenado, a Primeira Turma vai definir qual será o tamanho da pena do ex-presidente, levando em consideração fatores como idade, antecedentes, entre outros.

No documento, que tem 517 páginas, o procurador-geral, Paulo Gonet, defende que Bolsonaro e os demais réus sejam condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Além de Bolsonaro, a PGR pediu a condenação dos seguintes réus:

Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Em caso de condenação, Cid deverá ter a pena suspensa devido ao acordo de delação premiada assinado com a Policia Federal (PF) durante as investigações.

Bolsonaro
Na manifestação, o procurador-geral descreveu o papel do ex-presidente Jair Bolsonaro na trama golpista.

Segundo ele, Bolsonaro figura como líder da organização criminosa e foi o “principal articulador e maior beneficiário” das ações para tentar implantar um golpe de Estado no país em 2022.

Nas palavras de Gonet, o ex-presidente instrumentalizou o aparato estatal e operou em “esquema persistente” de ataque às instituições públicas e ao processo sucessório após o resultado das eleições presidenciais.

“Com o apoio de membros do alto escalão do governo e de setores estratégicos das Forças Armadas, mobilizou sistematicamente agentes, recursos e competências estatais, à revelia do interesse público, para propagar narrativas inverídicas, provocar a instabilidade social e defender medidas autoritárias”, disse o procurador.

Próximos passos
Com a apresentação da manifestação da PGR, começa a contar o prazo de 15 dias para que a defesa de Mauro Cid, delator na investigação, apresente suas alegações finais ao STF.

Em seguida, será a vez das defesas dos réus apresentarem suas alegações no mesmo prazo. Após receber todas as manifestações, a data do julgamento será marcada pela Primeira Turma da Corte.

Nos bastidores do STF, a expectativa é de que o julgamento seja realizado em setembro deste ano.

Criança morre após cair em cânion durante trilha com os pais

Divulgação/CRBM

Bianca Zanella, de 11 anos, morreu após cair de uma altura de 70 metros no Cânion da Fortaleza, no Parque Nacional da Serra Geral, em Cambará do Sul (RS). O acidente ocorreu na tarde de quinta-feira (10), durante um passeio em família. A menina, que era autista, se afastou enquanto os pais e os irmãos lanchavam.

O Corpo de Bombeiros localizou Bianca com a ajuda de um drone com câmera térmica. O resgate foi feito cerca de seis horas depois da queda, mas a criança já estava sem vida.

Autoridades como o presidente Lula, a ministra Marina Silva e o governador Eduardo Leite lamentaram a tragédia e prestaram solidariedade à família. O Instituto Chico Mendes (ICMBio) informou que prestou apoio desde o início das buscas e está à disposição para colaborar com as investigações.

Brasileiros ‘invadem’ perfil de Trump e dominam comentários: ‘Deixe o Brasil em paz’

Foto: Shutterstock

Após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar taxas de 50% sobre produtos brasileiros, cidadãos do Brasil inundaram seu perfil no Instagram com críticas à decisão.

Conhecidos por sua forte presença nas redes sociais, os brasileiros começaram a postar comentários nas publicações de Trump com mensagens como “deixe o Brasil em paz”, “Brasil soberano” e “o país não é terra sem lei”. Diante da avalanche de comentários, Trump restringiu a interação em suas postagens.

Salário mínimo vai aumentar em 2026; veja valores

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Durante audiência na Comissão Mista de Orçamento (CMO), nesta terça-feira (8), a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), afirmou que o Brasil terá, em 2026, o maior salário mínimo em valor real das últimas cinco décadas. A projeção do governo é de que o piso nacional passe dos atuais R$ 1.518 para R$ 1.630 no próximo ano.

Tebet destacou que, embora o reajuste represente um ganho para os trabalhadores, também exige atenção com as contas públicas. Segundo ela, cada R$ 1 de aumento no mínimo gera um impacto de R$ 420 milhões nas despesas da União, sobretudo por conta de benefícios sociais e previdenciários vinculados ao valor.

Ainda assim, a ministra assegurou que o governo tem trabalhado com responsabilidade fiscal. Ela reforçou o compromisso com o novo Arcabouço Fiscal e com a trajetória de estabilização da dívida pública, afirmando que as projeções são realistas e sustentáveis.

Durante a sessão, também foram apresentados dados do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2026. A estimativa é de que o governo alcance um superávit primário de R$ 34,3 bilhões — o que representa 0,25% do PIB. As receitas primárias devem somar R$ 3,197 trilhões, sendo R$ 2,107 trilhões oriundos da Receita Federal. As despesas obrigatórias devem chegar a R$ 2,385 trilhões, com outros R$ 208 bilhões em gastos discricionários.

Técnico Carlo Ancelotti é condenado a um ano de prisão; saiba o motivo

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

O técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado nesta quarta-feira (9) pela Justiça da Espanha a um ano de prisão por fraude fiscal.

A condenação ocorreu por Ancelotti não pagar impostos sobre os rendimentos de direitos de imagem recebidos em 2014, quando era treinador do Real Madrid, segundo um tribunal de Madri, capital espanhola. O italiano foi absolvido em um caso semelhante em 2015.

Além da condenação, Ancelotti foi condenado a pagar multa de 386 mil euros (cerca de R$ 2,5 milhões) à Receita Federal espanhola. A quantia é menos da metade do que o treinador ganha à frente da seleção —seu salário é de 10 milhões de euros por ano, o que dá cerca de R$ 5,3 milhões mensais na cotação atual.

O fisco espanhol é rígido com relação a impostos, e diversas figuras públicas já estiveram na mira, entre eles Neymar, Cristiano Ronaldo, Messi e até a cantora Shakira.

No entanto, o italiano não deve ir para a cadeia. A legislação espanhola estabelece que sentenças inferiores a dois anos por crimes não violentos raramente exigem que réus sem antecedentes cumpram pena em regime fechado. Como esse é o caso de Ancelotti, sua pena não implica em prisão obrigatória.
Ancelotti se declarou inocente em julgamento realizado em abril. Na ocasião, a Promotoria havia pedido à Justiça uma sentença de quatro anos e nove meses de prisão.

O treinador não se manifestou sobre a condenação até a última atualização desta reportagem. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF), empregadora de Ancelotti, também não se manifestou até o momento.

Técnico da seleção desde maio, Ancelotti foi treinador do Real Madrid em duas ocasiões diferentes: entre 2013 e 2015, e entre 2021 e maio de 2025.

Informações do g1

Ibovespa fecha aos 141 mil pontos pela 1ª vez na história


O Ibovespa subiu 0,24% nesta sexta-feira (4), encerrando o pregão aos 141.264 pontos — o maior nível de fechamento já registrado pelo índice, que ultrapassa pela primeira vez a marca dos 141 mil pontos.

FATORES INTERNOS
No cenário interno, os dados do PIB do primeiro trimestre vieram robustos (impulsionados pela forte safra agrícola e pela expansão do setor de serviços).

Outro fator que mexeu com os mercados foi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O Ibovespa ganhou força no início da tarde após o ministro Alexandre de Moraes suspender liminarmente os efeitos dos decretos presidenciais que aumentavam as alíquotas do IOF, assim como a decisão do Congresso que havia tentado barrar a medida do Executivo. A reviravolta adicionou volatilidade, mas foi interpretada pelo mercado como um alívio temporário no impasse fiscal entre os Poderes, o que contribuiu para o desempenho positivo do índice.

FATORES EXTERNOS
No cenário internacional, os mercados seguem em alta com novos recordes em Wall Street. Os dados de emprego divulgados nos Estados Unidos vieram fortes, mas sem pressionar significativamente a inflação. Esse equilíbrio alimenta as expectativas de que o Federal Reserve possa iniciar um ciclo de corte de juros ainda neste ano, o que melhora o humor dos investidores globais e beneficia mercados emergentes, como o Brasil.

Mega-Sena acumula e próximo prêmio chega a R$ 6,5 milhões; aposta mínima sobe para R$ 6 na quarta (9)

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.883 da Mega-Sena, sorteado na noite desta quinta-feira (3), e o prêmio principal acumulou. Com isso, a estimativa para o próximo sorteio, que será realizado no sábado (5), é de R$ 6,5 milhões para quem acertar todos os números.

O resultado do sorteio trouxe as seguintes dezenas: 01, 40, 43, 56, 57 e 60. Apesar de ninguém ter levado o prêmio máximo, 27 apostas ficaram por um número e garantiram R$ 57.548,57 cada. Já a quadra teve 1.559 apostas ganhadoras, com prêmios individuais de R$ 1.423,81.

Os interessados em tentar a sorte no próximo concurso podem fazer suas apostas até as 19h (horário de Brasília) do sábado, em qualquer lotérica credenciada do país ou pelo site e aplicativo da Caixa. A aposta simples, com seis números, custa atualmente R$ 5.

No entanto, a partir da próxima quarta-feira (9), o valor mínimo das apostas da Mega-Sena passará a ser R$ 6. De acordo com a Caixa Econômica Federal, o reajuste busca manter a sustentabilidade da modalidade, aumentar os valores das premiações e ampliar os repasses destinados a programas sociais.

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