Cigarros eletrônicos também são vilões da saúde bucal

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Apesar de muitas pessoas acreditarem que os cigarros eletrônicos são uma alternativa “mais  segura” aos produtos tradicionais de tabaco, o número crescente de evidências recentes revela que esses dispositivos podem representar uma ameaça ainda maior para a saúde.

Sob  diversas nomenclaturas, como vapes pods, esses dispositivos ganharam popularidade nos  últimos anos, mas suas consequências para a saúde são preocupantes. De acordo com uma  pesquisa conduzida pelo Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração do  Hospital das Clínicas, os níveis de nicotina encontrados em usuários do vape equivalem ao  consumo de 20 cigarros convencionais por dia.

Com teores de nicotina que podem chegar a  90 mg, equivalentes a 4,5 maços do cigarro tradicional, a presença de outras substâncias  adicionadas nos aparelhos para intensificar a sensação de prazer pode levar a uma  dependência ainda mais intensa. 

Além de os estudos e evidências recentes sugerirem que os cigarros eletrônicos podem ser responsáveis por doenças cardiovasculares, pulmonares e inflamações, que aumentam os  riscos de câncer, os cigarros eletrônicos também causam danos à saúde bucal. “Devido ao  alto teor de açúcar e à consistência viscosa do vapor, resíduos são depositados nos dentes,  tornando-os mais sensíveis. Isso afeta o paladar, o olfato, causa desidratação e ainda  potencializa os riscos de cáries”, explica o dentista e especialista em Saúde Coletiva da  Neodent, João Piscinini.  

Embora a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos  eletrônicos para fumar sejam proibidas no Brasil pela Anvisa, o número de usuários segue  em crescimento. Em 2018, o Ipec constatou que 500 mil brasileiros eram consumidores de  cigarros eletrônicos, e, em 2022, esse número subiu para 2,2 milhões.  

Conheça os 7 riscos do cigarro eletrônico para a saúde bucal 

Doenças periodontais: o uso de cigarros eletrônicos altera as condições naturais da boca,  facilitando o acúmulo de placa bacteriana, principal causa das doenças periodontais. 

Retração gengival: a baixa irrigação das membranas mucosas bucais danifica o tecido,  expondo a raiz do dente e aumentando a sensibilidade dentária, bem como o surgimento de  cáries. 

Escurecimento da gengiva e dos dentes: a nicotina se acumula na superfície dos dentes  e adere ao esmalte dentário. 

Língua de vape: o fumo excessivo dos vapes, devido às altas quantidades de nicotina e  essências com sabores exóticos, compromete a capacidade de sentir o gosto. 

Mau hálito: apesar dos aromatizantes nos vapes, a nicotina presente nos cigarros eletrônicos  causa mau odor na cavidade bucal. 

Xerostomia: a saliva é responsável pela limpeza natural da boca e pelo equilíbrio das  bactérias. O uso de cigarros eletrônicos diminui sua produção em decorrência da nicotina, o  que aumenta as chances de cáries, sensibilidade, feridas, fissuras e dificuldade para  mastigar. 

Inflamação na cavidade bucal: as substâncias químicas presentes no vapor dos e-cigarros causam inflamação nas gengivas e na garganta, resultando dor e inchaço na região.

Uso de pílula anticoncepcional pode causar trombose? Entenda

Foto: Reprodução/Freepik

O uso de métodos contraceptivos é essencial para garantir o planejamento familiar, bem-estar e autonomia das mulheres. No Brasil, um dos métodos mais utilizados para controle de natalidade são as pílulas anticoncepcionais à base de hormônios. Entretanto, muitas mulheres ainda possuem dúvidas quanto aos efeitos colaterais do uso de anticoncepcionais, em especial quanto a ocorrência de tromboses venosas, doença com complicações potencialmente graves e, em alguns casos, até fatais. Uma melhor compreensão deste risco é muito importante para a prevenção e promoção da saúde das mulheres. 

A trombose ocorre quando há a formação de um coágulo sanguíneo no organismo humano. As pílulas anticoncepcionais à base de estrogênio aumentam as chances de mulheres desenvolverem coágulos sanguíneos de duas a seis vezes mais do que aquelas que não fazem uso do medicamento. Segundo Erich de Paula, médico hematologista e professor associado da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a presença do estrogênio na composição da maioria das pílulas anticoncepcionais é responsável por elevar o risco da ocorrência de trombose. “O estrogênio, hormônio que desempenha um papel importante no desenvolvimento reprodutivo e sexual das mulheres, provoca aumento no potencial de coagulação do sangue, facilitando a formação dos trombos”, explica.  

Embora os números pareçam alarmantes, o médico ressalta que este aumento de risco associado aos contraceptivos com estrógeno deve ser interpretado com cautela. “O risco de trombose em mulheres jovens é muito baixo. Assim, mesmo com este aumento de duas a seis vezes, a chance de uma mulher que faz uso destes medicamentos desenvolver uma trombose é muito pequena. O que nós, médicos, devemos fazer – e a participação das pacientes neste processo é muito importante – é avaliar se a paciente possui outras características que aumentam o risco de trombose e, nestes casos, considerar o uso de outros métodos”, afirma Dr. Erich.  

De acordo com o médico hematologista, as tromboses venosas geralmente ocorrem quando vários fatores de risco estão presentes na mesma pessoa. Por isso, o uso de pílulas com estrógeno em pacientes que já apresentam outros fatores de risco, como obesidade e tabagismo, não seria a melhor estratégia. “Por este motivo, é muito importante que o uso de contraceptivos orais seja indicado e acompanhado por um médico. Os ginecologistas possuem informações sobre combinações de fatores de risco que tornam o uso dos estrógenos proibitivos, bem como a diferença de risco associada a diferentes pílulas”, diz. 

Segundo Dr. Erich, o tipo mais comum de trombose é a trombose venosa profunda (TVP), caracterizada pela formação do coágulo nas veias profundas localizadas nas pernas. “Este coágulo, também chamado de trombo, pode acabar se soltando e ‘viajar’ por meio da circulação sanguínea, atingindo os pulmões. Neste caso, ocorre a embolia pulmonar, uma das complicações mais graves da trombose, que em alguns casos pode até ser fatal”, alerta ele.  

Além de discutirem o uso e realizarem o acompanhamento médico ginecológico regular para redução de riscos, mulheres que tomam contraceptivos orais à base de hormônios devem ficar atentas aos sintomas da doença, uma vez que o diagnóstico precoce de uma trombose é muito importante para reduzir o risco de suas complicações. “Cabe destacar que embora estejamos falando de mulheres em faixa etária relativamente jovem, a trombose pode acometer qualquer pessoa, independentemente do sexo e faixa etária. Por isso, é essencial que todos conheçam os primeiros sinais e fatores de risco para a trombose”, pontua Dr. Erich.  

“No caso da TVP, os principais sintomas são inchaço, dor ou sensibilidade do membro afetado, bem como pele quente ao toque, vermelha ou descolorida. Já os sinais mais comuns de embolia pulmonar (EP) são dor no peito, dificuldade para respirar, tossir sangue e batimento cardíaco mais rápido que no normal”, destaca o especialista. Dr. Erich explica que os fatores de risco incluem histórico familiar, imobilidade prolongada, obesidade, doenças cardíacas ou pulmonares e tabagismo.  

De acordo com o médico hematologista, gestantes e mulheres que se encontram no período pós-parto também possuem risco elevado de desenvolver trombose. “Durante a gravidez, ocorre um aumento na coagulação como uma tentativa de diminuir a chance de perda de sangue durante o trabalho de parto”, esclarece. 

Para prevenir a doença, especialistas ligados ao Dia Mundial da Trombose, lembrado anualmente em 13 de outubro para aumentar a conscientização sobre a doença, recomendam a adoção de um estilo de vida saudável, com controle de peso e prática de exercícios regulares. “O tratamento da trombose é feito com base no uso de anticoagulantes, sempre com acompanhamento médico. Por fim, é sempre importante ressaltar que ser proativo e ter conhecimento sobre os sintomas e fatores de risco pode auxiliar no diagnóstico mais rápido e preciso”, conclui Dr. Erich.  

Saiba o que fez Faustão se tornar o primeiro na lista de transplante

Foto: Renato Pizzutto/Band

Fausto Silva realizou um transplante de coração neste domingo (27), na tentativa de resolver seus problemas com insuficiência cardíaca. Na web, os internautas criticaram a suposta “rapidez” do apresentador ter conseguido o órgão. Porém, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo revelou o que permitiu que o famoso fosse priorizado.

Em uma nota, o órgão de saúde revelou que Faustão era o segundo da lista, mas que isso mudou após a equipe médica do paciente que ocupava o primeiro lugar recusar o coração. Por causa disso, Faustão foi passado na frente de todos.

Ainda no comunicado, o Ministério da Saúde afirmou que o comunicador foi “priorizado na fila de espera em razão de seu estado muito grave de saúde”. Para reduzir as críticas, o filho de Faustão se pronunciou na web para dar uma bronca nos internautas, que julgaram a rapidez que o famoso conseguiu o coração.

‘De acordo com o esperado’

O apresentador Fausto Silva segue intubado na UTI do hospital Albert Einstein após o transplante, de acordo com boletim médico divulgado nesta segunda-feira (28). Segundo o hospital, as funções do novo coração estão de acordo com o esperado.

“O paciente Fausto Silva, que foi submetido ontem, dia 27 de agosto, a um transplante de coração no Hospital Israelita Albert Einstein, permanece na Unidade de Terapia Intensiva sob sedação e respirando com auxílio de ventilação mecânica. Seu estado clínico é estável e as funções do coração estão de acordo com o esperado para as primeiras 24 horas”, diz boletim assinado pelo cardiologista Fernando Bacal.

Abril Azul: Os benefícios da atividade física para crianças com autismo

Foto: Divulgação

Neste mês é realizado o Abril Azul, uma campanha que busca conscientizar a população sobre a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O transtorno se refere a uma série de condições caracterizadas por desafios com habilidades sociais e padrões restritos e/ou repetitivos de comportamento.

A campanha tem como objetivo levar informações para a população e combater a discriminação sobre os mais de 2 milhões de brasileiros que possuem autismo. Crianças que têm TEA podem se beneficiar muito das práticas de atividades físicas, inclusive para desenvolver suas habilidades sociais e de comunicação, que são prejudicadas pela condição.

“Realizar exercícios físicos nos ajuda a atingir um peso saudável, fortalecer os ossos, reduzir o estresse e ainda melhora a função cardiovascular. Tudo isso acontece porque, durante o exercício, nosso coração bate mais rápido e aumenta a circulação de sangue pelo corpo, incluindo o cérebro”, explica Luiz Evandro, diretor técnico da Rede Alpha Fitness. 

Como resultado da prática esportiva, neurotransmissores são liberados no cérebro, entre eles a endorfina e a dopamina, que são responsáveis pela sensação de bem-estar e recompensa. Ou seja, colocar o corpo em movimento é uma ótima maneira de obter benefícios físicos e mentais, e ainda reduzir reações como comportamentos repetitivos, automutilação e agressividade nas pessoas com autismo. 

As principais características do autismo, como problemas sociais, de comunicação e de comportamento, podem transformar uma partida de futebol no recreio ou a brincadeira de pega-pega em um verdadeiro desafio.

Muitas pessoas com TEA também enfrentam problemas com habilidades motoras, incluindo equilíbrio e coordenação. Crianças com habilidades motoras abaixo da média podem ter dificuldade em atividades cotidianas, como usar uma colher, uma escova de dentes ou giz de cera, andar de bicicleta ou amarrar seus cadarços, por exemplo. 

O especialista da rede Alpha Fitness dá dicas de como incentivar uma criança autista a realizar exercícios. O primeiro passo, para o profissional, é descobrir se a criança gosta de correr ou nadar, por exemplo. “Ideal é entender a preferência da criança. Uma segunda dica é que os pais também podem participar da atividade. Dessa forma, vão servir de modelo, enquanto a criança aprende uma nova atividade”, acrescenta.

E vale lembrar: é importante sempre o acompanhamento de um profissional qualificado. Quando elaborados de forma adequada, os programas de atividade física podem fornecer um ambiente divertido e seguro para interagir com outras crianças.

Governo amplia reforço com vacina bivalente contra a covid para todos acima de 18 anos

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (24) a ampliação da campanha de vacinação contra covid-19 com a dose de reforço bivalente para toda população acima de 18 anos de idade. Cerca de 97 milhões de brasileiros poderão ser vacinados.

Pode tomar a dose bivalente quem recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer) no esquema primário ou reforço. A dose mais recente deve ter sido tomada há quatro meses. Quem está com dose em atraso, pode procurar também as unidades de saúde.

O ministério ressalta que as vacinas têm segurança comprovada, são eficazes e evitam complicações decorrentes da Covid-19. A ampliação, segundo a pasta, tem “o objetivo de reforçar a proteção contra a doença e ampliar a cobertura vacinal em todo país”.

Secretaria da Saúde de Elísio Medrado realizará mutirão de mamografia

mamografia
Foto: Reprodução

A Secretaria da Saúde de Elísio Medrado está com agendamento aberto para mulheres interessadas em realizar o exame de mamografia, que detecta alterações na mama.

A reserva da vaga pode ser feita até dia 10 de fevereiro, na Unidade de Saúde ou através do Agente Comunitário de Saúde de sua área.

Para participar do mutirão de mamografia, que acontecerá de 13 a 16 de fevereiro, a mulher precisa atender a alguns requisitos: ter entre 50 e 69 anos; nunca ter passado por cirurgia na mama e ter feito mamografia há mais de um ano.

Os documentos necessários para o agendamento são cartão do SUS, RG e comprovante de residência.

Bahia completa dois anos de vacinação contra Covid-19 com queda de 66% no número de mortes

Foto: Leonardo Rattes/Sesab

Há exatos dois anos, a Bahia aplicava as primeiras doses da vacina contra o Coronavírus. Em 19 de janeiro de 2021, uma enfermeira, uma idosa, um médico e uma indígena foram imunizados com a Coronavac, dando início a uma longa caminhada contra o tempo para salvar vidas.

Em 2020, a Bahia registrou 10.287 mortes, enquanto em 2022, após o avanço da vacinação, o número caiu para 3.487 óbitos, representando uma redução superior a 66%.

Secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana destaca que a queda só foi possível graças à massificação da imunização, aliada às medidas de enfrentamento adotadas pelo Governo do Estado desde os primeiros dias da pandemia. “Investimos mais de R$ 2,2 bilhões durante a pandemia para garantir a estrutura necessária para salvar a vida de milhares de baianos, com ampliação e reforma de unidades de saúde, instalação de um hospital de campanha na Arena Fonte Nova, além do Hospital Metropolitano. Isso tudo exemplifica a grande reunião de esforços em prol de salvar vidas. Hoje, não temos dúvidas sobre a eficácia da vacinação nesse controle. Desde quando as doses começaram a ser aplicadas, as taxas de internações e mortes decorrentes de complicações da Covid-19 caíram de forma considerável”, analisa.

Diretora da Vigilância Epidemiológica do Estado, Márcia São Pedro ressalta que a queda progressiva de óbitos teve segmento mesmo diante das novas subvariantes mais transmissíveis, como a Ômicron, garantindo o índice de segundo estado com menor mortalidade do país. “A vacinação foi um divisor de águas na pandemia. Tínhamos um cenário devastador e percebemos uma situação completamente diferente após o início da aplicação. Apesar de termos tido um número maior de casos em 2022 quando comparado a 2020, registramos uma redução de mortalidade de mais de 66%. Então, o sentido da vacinação é claro. Ela não garante que a pessoa não vá se contaminar, mas o risco de agravamento e morte será muito menor se você estiver com o esquema vacinal completo”, explica.

Número superior a 35 milhões de doses aplicadas 

Em dois anos, mais de 35 milhões de doses dos imunizantes contra a Covid-19 foram aplicadas em todo o estado. Para garantir o armazenamento dos imunizantes, foram adquiridos 234 câmaras frias e 70 freezers, com capacidade de armazenamento de 3,5 milhões de doses de vacinas, 30 ultrafreezers com capacidade de resfriamento de -86° para armazenar vacinas da Pfizer, e aproximadamente 40 milhões de seringas e agulhas.

Mais de seis milhões com esquema vacinal incompleto 

Apesar dos exemplos claros da eficácia da vacinação, mais de seis milhões de baianos estão com o esquema vacinal incompleto, fator que preocupa. “Nos próximos dias, nós teremos a Festa de Iemanjá e o Carnaval, que são festas populares que atraem milhares de pessoas. E o que eu venho hoje deixar como mensagem da saúde é: por favor, reforcem a vacinação. Temos mais de seis milhões de baianos e baianas com o esquema vacinal incompleto. A pandemia não acabou. Precisamos reforçar a necessidade de concluir o esquema vacinal em prol da proteção de todos”, pede a secretária.

Atividade física pode melhorar sintomas da menstruação, diz especialista

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Os dias que antecedem e se prologam durante a menstruação quase sempre deixam em um dilema as mulheres que gostam de fazer atividade física: se deve ir treinar ou ficar em casa?

A cólica é um sintoma comum na vida de muitas mulheres e indicam que a menstruação está para chegar. Além dela, outros desconfortos também podem atrapalhar, como a sensação de inchaço, a maior sensibilidade em algumas áreas do corpo e a fadiga.

As alterações hormonais podem causar modificações na rotina, já que as mulheres passam a ter menos disposição para cumprir com as demandas do dia a dia. “Além do fluxo menstrual em si, os sintomas pré-menstruais podem ser incômodos. Exercícios aeróbicos como natação, caminhada, corrida e ciclismo são recomendados. Eles podem ajudar a aliviar a dor, superar sintomas como depressão e fadiga, e reduzem a retenção de água e o inchaço, o que é muito comum e desconfortável”, explica Ariane Guimarães, professora da Rede Alpha Fitness.

E não pense que fazer esforço físico nesse momento vai acabar aumentando o mal-estar. Pelo contrário: os exercícios colaboram para minimizar o mau humor e a irritação característicos do período menstrual, pois liberam serotonina e endorfina, neurotransmissores ligados à sensação de bem-estar.

Ao se movimentar durante a menstruação, a mulher pode começar a se sentir mais ativa durante todo o dia, o que reduz a vontade de permanecer em repouso. “A atividade física também atua no balanço de uma série de outras substâncias que ajudam a eliminar o excesso de líquido que provoca inchaço e desconforto. O esporte melhora a circulação sanguínea em todos os músculos do corpo e os enriquece com oxigênio e nutrientes. Isso melhora a capacidade do músculo de liberar mais energia”, diz a especialista.

Para não jogar a toalha de vez e abandonar os dias de treino, uma solução é reduzir a intensidade, seja no aeróbico ou no treinamento de força. Dessa maneira, é possível manter a rotina de ginástica sem sofrer. E se a mulher não sentir nenhum tipo de desconforto ou fadiga muscular antes ou durante a menstruação, pode seguir a rotina normal de atividade física.

Desequilíbrio hormonal pode provocar depressão, ansiedade e infertilidade nas mulheres

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Baixa autoestima, depressão, medo, ansiedade e irritação. Esses sintomas, tão comuns hoje em dia, podem estar ligados a uma série de fatores. O que a maior parte das mulheres não percebe de imediato é que eles podem estar sendo gerados não pela pressão do trabalho ou pela vida acelerada, mas sim pelo estrogênio desregulado. Esse hormônio vai muito além da produção das características femininas e da manutenção da fertilidade. Em taxas anormais, ele pode ocasionar uma série de problemas para a saúde da mulher, inclusive a infertilidade.

“Os hormônios são a orquestra do nosso corpo. O estrogênio participa da regulação da taxa metabólica basal e do metabolismo de insulina, mantendo os níveis de glicose estáveis. Por isso, na menopausa, quando as mulheres reduzem a sua produção natural de estrogênio, elas se sentem mais cansadas, desanimadas, perdem músculo e ganham peso”, explica a médica Isa Rocha, do IVI Salvador.

A baixa dosagem do estrogênio, como citado, pode resultar em baixa autoestima, depressão, medo, ansiedade e irritação. Quando a mulher está perto de menstruar, a baixa dosagem pode levar também às dores de cabeça. Na menopausa, agrava os problemas musculoesqueléticos.

Já o estrogênio muito alto também pode trazer consequências indesejáveis, tais como dores nas mamas, alterações de humor, retenção de líquido e ganho de peso que pode evoluir para problemas de saúde mais graves, como diabetes, hipertensão arterial e síndrome metabólica. Em colaboração com outros hormônios, o estrogênio é muito importante para a fertilidade.

Os altos níveis de estrogênio podem causar problemas de saúde não somente na mulher. Afinal, tanto mulheres quanto homens produzem estrogênio. O balanço entre esses hormônios em cada gênero e o nível certo é fundamental para a saúde. Para diagnosticar o excesso de estrogênio (ou a baixa dele), é realizado um exame de dosagem no sangue.

Cuidar da alimentação ajuda a melhorar os níveis de estrogênio. Um dos alimentos mais importantes para incluir na rotina alimentar é a soja (e todas as suas variações). Os grãos carregam isoflavona, molécula que, no organismo, têm ação semelhante à do estrogênio. Ela é um alimento que ajuda a diminuir os riscos de câncer.

O estrogênio

O estrogênio é produzido nos ovários, nas glândulas suprarrenais e nas células de gordura. Durante a puberdade, esse hormônio promove mudanças no corpo da menina. Fazendo com que apareçam os pelos, acentuem as curvas e cresçam os seios.

Internamente, outras transformações acontecem e preparam o aparelho reprodutivo para a vida adulta. Todos os meses, o estrogênio também participa do controle do ciclo menstrual. Este hormônio tem um papel fundamental no preparo do endométrio para que haja a implantação.

Se não houver gravidez, os níveis diminuem rapidamente e a mulher menstrua. Porém, caso tenha acontecido a implantação, o estrogênio e a progesterona ajudarão na sua manutenção até que a placenta esteja formada e pronta para sustentar a gravidez.

Verão 2023: Especialista alerta para os cuidados que os atletas da estação precisam ter

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Falta uma semana para o início do verão e, com a proximidade dele, também surgem os famosos atletas da estação. Aí vem os corpos à mostra, praia, piscina, biquini, sunga, todos esses elementos marcam os meses que seguem e, com toda essa ebulição, tem muita gente que, quando percebe que falta pouco para as festas de fim de ano e férias, decide correr para as academias para tentar colocar em prática o famoso “Projeto Verão”.

“Se você fazia atividade física há muito tempo, há uma memória do que conseguia fazer, só que o seu corpo não está de acordo com essa memória, ou seja, você já não tem a mesma condição física que tinha antes. Por isso é que ocorrem, com frequência, as lesões em práticas esportivas nesses ‘atletas de verão'”, explica Leandro Dias, Coordenador Geral da Rede Alpha Fitness.

Fazer exercício no verão pode parecer bom, mas especialistas garantem que o ideal é que a prática se repita nas outras estações do ano. E, sim, há maneiras de um atleta de verão fazer com que a atividade física se torne um hábito para o ano todo.

“O principal é iniciar uma atividade física de que goste. Com esta estratégia, a possibilidade de continuar a realizar esta atividade é muito grande, mesmo após o término do verão. É bom sempre ter em mente que a atividade física tem que se tornar um hábito, como escovar os dentes”, afirma Leandro.

Um dos motivos que leva a pessoa a largar a atividade física iniciada no verão é a falta de resultados. O indivíduo não sente progresso, pois inicia a atividade física sem a paciência necessária para ver os resultados e, em resumo, não se sente “sarado”. Tudo é gradativo, pois o organismo precisa se ajustar, se reprogramar, e isso dura em média 12 semanas. A partir deste período, a reprogramação metabólica começa a produzir os resultados almejados.

Nesta época, é importante também lembrar que o calor é mais acentuado e há muita perda hídrica, o que proporciona um desgaste maior para todos os sistemas do corpo. Por isso, a atenção para a maior ingestão de água. “Os exercícios devem estar aliados a um equilíbrio nutricional e no verão isso é ainda mais importante”, finaliza o Coordenador da Alpha Fitness.

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