Gripe aumenta número de pacientes no hospital de Elísio Medrado; saiba como se proteger

Um surto de gripe tem assolado algumas cidades do Brasil e em Elísio Medrado a situação não é diferente. São casos, predominantemente, do vírus Influenza H3N2, que está circulando de maneira mais intensa desde o final de novembro. Nos últimos dias, aumentou a demanda do Hospital Maria Lapa Bittencourt por causa da alta procura por atendimento de pessoas com sintomas gripais.

Nas próximas horas, a Secretaria de Saúde do município deve ampliar a vacinação contra a gripe para todas as pessoas acima dos seis meses de vida. O imunizante protege contra o Influenza H1N1 e H3N2.

A Secretaria de Saúde não forneceu números, por causa da indisponibilidade de sistema. Entretanto, a secretária Edilane Holanda informou que muitos pacientes têm procurado a unidade de saúde por medo de que estejam contaminados com o coronavírus. “Como os sintomas são parecidos [os da gripe e da covid-19], a maioria foi triado como covid-19. Mas foram feitos testes que descartaram a possibilidade de covid-19. Realmente os casos são de gripe”, explicou Edilane ao i75.

Existem casos em que a pessoa não procura o médico e faz o tratamento em casa, com chás e medicamentos que tratam a febre e a dor. Entretanto, os especialistas não recomendam essa atitude porque estamos em uma pandemia de covid-19 e todo quadro de doença respiratória é suspeito. É necessário que a pessoa procure atendimento médico para que seja feito o teste que detecta o coronavírus.

O vírus Influenza, causador da doença, tem uma característica sazonal: ele circula durante o ano todo, nas diversas regiões do mundo, com predomínio nos meses do outono e inverno.

O aumento dos casos durante o mês de dezembro no Brasil é um fenômeno incomum, que pode estar associado à baixa cobertura vacinal contra a gripe, à flexibilização das medidas de restrição adotadas como prevenção à Covid-19 e ao relaxamento da etiqueta respiratória, que inclui o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social.

“As campanhas foram centralizadas para a vacinação contra a Covid-19. Tivemos as campanhas de influenza, mas a adesão à vacina da gripe foi pequena. Quando há uma baixa adesão, também há um nível mais baixo de proteção”, afirma o médico infectologista Álvaro Furtado, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

Diferentes tipos do vírus da gripe

Existem quatro tipos de vírus Influenza: A, B, C e D – os dois primeiros são responsáveis por epidemias sazonais em várias regiões do mundo, com circulação predominantemente no inverno e, o terceiro, causador de infecções mais brandas. Já o vírus influenza D, identificado em 2011 e isolado nos Estados Unidos em suínos e bovinos, não é conhecido por infectar ou causar a doença em humanos.

O tipo A é classificado em subtipos, como o A(H1N1) e o A(H3N2). Os nomes das cepas são definidos pelas proteínas essenciais para a capacidade de infecção do vírus Influenza, a hemaglutinina (H) e a neuraminidase (N).

Existem pelo menos 18 subtipos de hemaglutininas e 11 subtipos de neuraminidases descritos pela ciência. O vírus A (H3N2), por exemplo, que tem circulado com maior predominância no Brasil em 2021, contém hemaglutinina subtipo 3 e neuraminidase subtipo 2.

Como se proteger

  • Mantenha a utilização de máscaras;
  • Higienize as mãos com água e sabão com frequência;
  • Utilize álcool gel quando estiver na rua;
  • Mantenha os ambientes ventilados;
  • Evite tocar os olhos e a boca constantemente;
  • Evite aglomerações e locais fechados, quando possível;
  • Busque a vacinação contra a Covid-19 e contra a gripe.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

scroll to top