Stéfano Lemos promete super show no Suba 100

Foto: Divulgação

Quando subir ao palco principal do Suba 100, em Santa Teresinha, o cantor Stéfano Lemos estará fazendo sua estreia em um dos maiores eventos da região. Mas nada que cause espanto ao filho de uma indígena e com trajetória de alguns anos na música.

O Índio Mais Apaixonado do Brasil, como se intitula, está acostumado a rodar a Bahia para se apresentar, desde muito jovem. Ele começou na música em Salvador, tocando teclado. “Um dia eu achei um panfleto, na rua, que indicava alguns passos para iniciantes que estavam aprendendo a tocar teclado. Aquilo me chamou atenção, então fui pegando o instrumento emprestado e até alugava para ir aprendendo”, lembrou.

E assim ele agiu até ir juntar dinheiro para comprar seu primeiro instrumento. Com teclado próprio nas mãos, foi se apresentando em eventos familiares e barzinhos. A voz ficava a cargo de outras pessoas, as quais ele diz que trouxeram mais problemas que soluções. Foi assim que, um dia, ele teve que tocar e cantar. “Nos contrataram para uma confraternização e o cara que cantava comigo chegou bêbado demais e teve que ir para o hospital tomar glicose. Como as pessoas já haviam nos pagado, eu tive que cantar”, lembrou, aos risos.

E desse fatídico dia para frente, o filho de dona Maria de Fátima, uma indígena da etnia Munduruku, do Pará, passou a acumular a função de tecladista e vocalista. Então, começou a estudar técnicas de canto para se aperfeiçoar. Durante muito tempo, contou com a ajuda da esposa, Larissa, com quem é casado há dez anos e o acompanhou pelos palcos da vida, ajudando a montar e desmontar equipamentos.

Nestes anos de carreira, Stéfano morou em 11 cidades e o próprio diz ser um “nômade da música”. Onde chegava para fazer um show, as pessoas aprovavam o trabalho e, às vezes, fechavam agenda para três meses, o que o obrigava a morar por um tempo no lugar. Recentemente, o Índio residiu em Santo Antônio de Jesus e hoje está em Elísio Medrado, de onde toca sua carreira em parceria com a Dezessete Produções, comandada por Pedro Henrique.

Stéfano também levou duas irmãs para a música. Na companhia de Gisele e Stefany, fundou o projeto eu e elas, quando morava em Saubara. “Rapaz, lembro com muito orgulho dessa época. Onde a gente ia, o público gostava demais. Quando a gente começou a emplacar e ganhar um dinheirinho bom, as meninas desistiram”, lembra ele, rindo da situação.

Ele também fez parte de algumas bandas de forró, uma delas, inclusive, pertencente a Gilton Andrade, fundador das bandas Calcinha Preta e Mulheres Perdidas.

Suba 100

O show de Stéfano Lemos, no Suba 100, será no domingo (28), quando também se apresentarão os artistas Iguinho e Lulinha, Vitor Fernandes, Devinho Novaes e Berg Ribeiro.

Sobre a expectativa para sua apresentação, ele é enfático: “vamos sacudir tudo lá na praça. Vai ser a primeira vez, de muitas, se Deus quiser. O repertório já está montado, daquele jeito. Vai ter arrocha, sertanejo, forró e músicas de vaquejada, que a galera aqui da região aprecia muito”, revelou.

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