
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (28) o arquivamento da investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre a suposta falsificação do cartão de vacinação da Covid-19. A decisão atendeu ao parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que considerou as provas insuficientes para responsabilizar Bolsonaro.
A investigação teve início após a Polícia Federal apontar que o ex-presidente e aliados teriam fraudado dados de vacinação para viabilizar viagens internacionais, incluindo uma ida aos Estados Unidos em dezembro de 2022. Bolsonaro sempre negou a acusação e afirmou que nunca tomou a vacina contra a Covid-19.
Com o arquivamento, o caso não seguirá para a fase judicial. A decisão não afeta outras investigações envolvendo o ex-presidente, como a que trata da suposta tentativa de golpe de Estado.
Gonet justificou sua recomendação ao STF afirmando que o caso de Bolsonaro não tem relação direta com a trama golpista investigada em outro inquérito. “A situação destes autos difere substancialmente da estampada na PET 12100, em que provas convincentes autônomas foram produzidas pela Polícia Federal, em confirmação dos relatos do colaborador”, declarou o procurador-geral.