Cultura

O Café Filosófico CPFL estreia no próximo domingo (24) a série “Fora de Controle: o que você julga controlar, enquanto te controla”, com curadoria do neurocientista Álvaro Machado Dias. A nova temporada vai refletir sobre o controle, sobre as intenções que definem os indivíduos e sobre os limites racionais nas tomadas de decisão. O Café na TV vai ao ar aos domingos, às 19 horas, com transmissão pela TV Cultura e suas afiliadas.

Álvaro explica que a pandemia caracteriza um grande laboratório sobre as formas de pensamento. “A pandemia impôs a necessidade de mecanismos de controle para poupar vidas. Isso acirrou percepções sobre esse tema e por isso é importante discutirmos ele”, explica Álvaro Dias.

Segundo o neurocientista, a pandemia explicitou a dificuldade de alinhamento e o poder devastador da irracionalidade e, a partir dessa turbulência, novas formas de pensamento surgiram.

A série é composta por quatro episódios, com participações do cineasta Fernando Meirelles, do psiquiatra Rodrigo Bressan e do próprio curador, o neurocientista Álvaro Machado Dias.

Estreia

No primeiro episódio, Fernando Meirelles e Álvaro Machado Dias conversam sobre o tema: “o controle do artista sobre a sua obra”. Existe espaço para o acaso em produções grandiosas como Dois Papas e a abertura das Olimpíadas, ou é tudo intencional? A pandemia mudou alguma coisa em suas reflexões sobre a arte? Como é o processo criativo de Fernando Meirelles?

“A arte marca a vida das pessoas de maneira profunda e irreversível. Filmes, em particular, são parte fundamental da narrativa de cada época”, observa Dias.

Em uma conversa profunda, porém descontraída, o cineasta mundialmente conhecido, Fernando Meirelles, compartilha um pouco da sua visão sobre o cinema, a criatividade e a sociedade contemporânea.

Os programas são inéditos na televisão e têm classificação de 14 anos.

Confira as datas de exibições:

24/10 – O controle do artista sobre a sua obra, com Fernando Meirelles e Álvaro Machado Dias

31/10 – Mentes pandêmicas: tudo sob controle?, com Rodrigo Bressan

07/11 – Debate: atenção à saúde mental, com Rodrigo Bressan

14/11 – Tomada de decisão como opção de risco, Álvaro Machado Dias

O ministro do Turismo, Gilson Machado, participou de um programa na televisão, nesta segunda-feira (30), e chamou atenção ao tocar Pink Floyd na sanfona.

Machado escolheu a música “Another Brick In The Wall” para a performance, o que gerou diversos comentários nas redes sociais, já que Roger Waters, um dos fundadores da banda, protestou contra o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante um show em São Paulo, no ano de 2018. Waters projetou no telão do palco a hashtag “EleNão”.

Em abril de 2020, o cantor britânico voltou a criticar Bolsonaro e outros presidentes como Trump. Waters fez um cover da música “The Right to Live in Peace”, “El Derecho de Vivir en Paz”, do chileno Victor Jara.  A música enaltece os protestos realizados no Chile em 2019, e recebeu algumas alterações do britânico para criticar alguns países que possuem presidentes que, segundo ele, “machucam as pessoas”.

Começaram nesta segunda-feira (30) e vão até 17 de setembro as inscrições para o “Prêmio Cultura na Palma da Mão”, com recursos remanescentes da Lei Aldir Blanc. O processo de inscrição deve ser feito no site da Secretaria de Cultura da Bahia.

A chamada pública contempla cinco categorias e é voltada a iniciativas culturais que possam ser desenvolvidas e disponibilizadas exclusivamente nas plataformas virtuais, como Instagram, Facebook e YouTube.

O edital “Cultura na Palma da Mão” é voltado a contemplar 630 propostas que se enquadrem nas seguintes categorias: Difusão Artística; Culturas Periféricas; Culturas Rurais; Memória e Tradições; Cultura LGBTQIA+, que devem utilizar as redes sociais ou plataformas de streaming para realização das propostas.

Se estivesse vivo, o compositor argentino Astor Piazzolla teria completado seu centenário em 2021. Para celebrar uma obra tão fundamental e que transita pela música popular e erudita, a Orquestra Sinfônica da Bahia realiza a live concerto “Piazzolla 100 anos”, com a orquestra interpretando “As quatro estações portenhas”, com regência de Carlos Prazeres, regente titular e diretor artístico da OSBA, e solos de Priscila Rato, spalla da OSBA.

A live acontece no dia 29/08 (domingo), às 18h, diretamente do palco do Teatro Castro Alves com transmissão ao vivo no canal da OSBA no Youtube (www.youtube.com/OSBAOrquestraSinfonicadaBahia) e ficará disponível por 30 dias após o momento da transmissão.

A OSBA interpretará na live “Piazzolla 100 anos” a obra “As quatro estações portenhas”, um conjunto de quatro composições de tango escritas entre 1965 e 1970, como uma referência evidente à emblemática “Quatro Estações”, de Vivaldi. O tango, no século XX, passou a ser um objeto de fascinação para alguns compositores eruditos e músicos como Stravinsky e Shostakovich chegaram a realizar composições do gênero. Esta obra sintetiza a formação musical de Piazzolla, seus estudos de música nos Estados Unidos e França, que expandiram e renovaram o tango, compondo uma música sem fronteiras, que pode ser executada e aplaudida em ambientes diversos.

Os museus administrados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) já estão de portas abertas e à espera da visitação de baianos e turistas. Nesta quinta-feira (19), reabriram equipamentos localizados no interior do estado, o Museu do Recolhimento dos Humildes, em Santo Amaro e Parque Histórico Castro Alves, em Cabaceiras do Paraguaçu.

O Parque Histórico Castro Alves conta com duas mostras de curta duração e expõe também o acervo do museu biográfico. A exposição “Uma casa sertaneja” aborda aspectos do cotidiano e elementos do ofício de agricultor e de vaqueiro. Para que visitantes se sintam em um lar comum do sertão da Bahia, uma casa foi construída nos jardins do Parque e a própria comunidade do entorno contribuiu para a sua composição com doações. No seu interior, figuram peças de mobiliário; ornamentos; utensílios domésticos e instrumentos de trabalho.

O Museu do Recolhimento dos Humildes, em Santo Amaro, abriga a exposição “Paisagens imaginárias”, do aquarelista Luiz Neto. Serão expostas 36 obras do artista, produzidas entre 2020 e 2021. Utilizando a técnica da aquarela, Luiz Neto retrata aves, jangadas, canoas, igrejas e casarões antigos, majoritariamente em paisagens marinhas. Ele se baseia em fotografias dos locais que o inspiram, pinta nos próprios ambientes ou mesmo cria locais fictícios. A exposição fica em cartaz até 15 de setembro.

Os espaços culturais terão horários de funcionamento diferenciados e continuarão seguindo as regras de prevenção à Covid-19, com o uso obrigatório de máscara, álcool em gel, distanciamento social e limitação do número de visitantes. A programação completa dos museus da capital e interior do estado está disponível no site do Ipac.